Danilo M. Zanello Guerisoli
C.D., Especialista em Endodontia, Pós-graduando em Endodontia
pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - Universidade de São
Paulo.
e-mail
Prof. Dr. Manoel D. Sousa Neto
Professor Titular de Endodontia da Faculdade de Odontologia da
Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP.
e-mail
Prof. Dr. Jesus Djalma Pécora
Professor Titular de Endodontia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão
Preto - Universidade de São Paulo.
e-mail
IntroduçãoInstrumentos
manuais em aço
Instrumentos rotatórios em aço
Instrumentos mecânicos
em aço
Instrumentos sônicos e ultra-sônicos
As ligas de níquel-titânio
Instrumentos manuais
em nitinol
Instrumentos rotatórios em nitinol
Características dos instrumentosSistema
Lightspeed
Sistema Quantec
Sistema ProFile
Técnicas de instrumentaçãoSistema
Lightspeed
Sistema Quantec
Sistema ProFile
Todos
os instrumentos rotatórios em níquel-titânio devem ser
utilizados em motores de baixa rotação e alto torque,
preferencialmente elétricos (Figura 17),
evitando o risco de fraturas por uma possível variação na
velocidade de rotação. Embora possam ser usados em micro-motores
acionados a ar e dotados de contra-ângulo redutor, os benefícios
financeiros obtidos com esta manobra não superam os riscos de um
instrumento fraturado no interior do canal radicular. Este risco de fratura é
devido à velocidade irregular dos motores pneumáticos, sujeitos à
uma deficiência no suprimento de ar.
A
velocidade de operação varia de 150 a 2.000 rpm, dependendo do
tipo de instrumento. A pressão exercida pelo cirurgião-dentista no
contra-ângulo não deve exceder a equivalente para escrever com um lápis.
No caso do instrumento travar no interior do canal, o motor deve ser acionado em
sentido anti-horário para promover a expulsão da lima.
Não
se deve tentar negociar o canal com instrumentos rotatórios, pois
fatalmente estes sofrerão fratura. Primeiramente, o canal deve ser
ampliado até uma lima 10 ou 15, para depois os instrumentos rotatórios
atuarem.
O
número de vezes que um mesmo instrumento pode ser reutilizado é
motivo de controvérsia, porém de 4 a 5 vezes parece ser um
consenso. Todos os autores, entretanto, afirmam que deve-se examinar
cuidadosamente a lima após sua utilização. No caso de haver
deformações nas espirais, o instrumento deve ser descartado.
A
técnica de utilização, sugerida por ROYG-CAYÓN et
al. (1997a), consiste na ampliação do canal até a lima nº
15 e utilização das limas Lightspeed no comprimento de trabalho,
seqüencialmente, até o calibre desejado. Deve ser feito o
escalonamento, sempre recapitulando com a lima de memória.
O
motor deve ser acionado em uma rotação constante de 750 a 2.000
rpm, não deve parar com limas no interior do canal e a irrigação
deve ser executada a cada troca de instrumento.
Os
autores ressaltam que o Sistema Lightspeed deve ser usado na escultura do canal
radicular, e não para negociá-lo. Estes instrumentos não têm
capacidade de corte na ponta, logo, exercer pressão apical é inútil
e perigoso, visto que podem ocorrer fraturas. Não se deve pular
instrumentos, pois a resistência das paredes do canal radicular podem
ocasionar a fratura do instrumento.
O
preparo dos terços cervical e médio pode ser complementado com
brocas de Gates-Glidden.
A
experiência clínica dos autores mostra que, quando utilizado
corretamente, o índice de fratura é baixo. Não se deve
utilizar os instrumentos menores (até 47,5) mais do que 8 vezes e os
maiores mais do que 16 vezes.
A
técnica do fabricante (Tycom, EUA) preconiza a utilização
seqüencial das limas 1 a 10, sem necessidade de alargamento prévio
do canal. A empresa afirma que é possível eliminar alguns destes
passos, e que após algum treino o profissional será capaz de
realizar toda a instrumentação do canal radicular com apenas 3
limas (preparo cervical com a lima 1, determinar o comprimento de trabalho com a
2 e preparo apical com o instrumento 9).
Devido
à popularidade deste sistema, várias técnicas de
instrumentação foram ou estão sendo desenvolvidas,
utilizando 2 ou até 3 sistemas integrantes da família ProFile.
Aqui
serão apresentadas três técnicas diferentes, uma preconizada
pelo fabricante (Dentsply, USA), outra desenvolvida pelo Prof. Philip Lumley
(Birmingham, Inglaterra) e a terceira adaptada por GUERISOLI, SOUSA-NETO & PÉCORA.
A
empresa preconiza um preparo do tipo crown-down modificado, onde não há
necessidade de escultura prévia do canal. É feito inicialmente o
preparo dos terços cervical e médio, e posterior preparo do terço
apical. Não é feito o escalonamento, razão pela qual a
conicidade dos canais instrumentados é pouco acentuada.
Este
autor faz inicialmente a exploração e a ampliação
dos canais radiculares até a lima 15. O uso dos instrumentos rotatórios
obedece à filosofia crown-down, com utilização seqüencial
das limas 40, 35, 30, 25 e 20. Esta última deve chegar ao comprimento de
trabalho. A velocidade utilizada é de 150 rpm para os iniciantes.
Posteriormente, pode-se aumentar para 250 rpm.
Complementa-se
o preparo do terço apical com limas manuais.
Nesta técnica, é feita a remoção das interferências cervicais e alargamento dos canais radiculares previamente à utilização das limas ProFile taper 0.4. Utiliza-se as limas em seqüência ascendente, até um diâmetro compatível com a anatomia do canal radicular instrumentado. Clique aqui para ver uma seqüência de uso em manequim ou aqui para ver um caso clínico.
Esta página foi elaborada com apoio do Programa Incentivo à Produção de Material Didático do SIAE - Pró-Reitorias de Graduação e Pós-Graduação da USP. Copyright 1999, Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.