HISTÓRICO DA ELETRICIDADE
Foi descoberta por um filosofo grego chamado Tales de Mileto que, ao
esfregar um âmbar a um pedaço de pele de carneiro, observou que pedaços de
palhas e fragmentos de madeira começaram a ser atraídas pelo próprio âmbar.
Do âmbar (gr. élektron) surgiu o nome eletricidade. No século XVII
foram iniciados estudos sistemáticos sobre a eletrificação por atrito, graças
a Otto von Guericke. Em 1672, Otto inventa uma maquina geradora de cargas elétricas
onde uma esfera de enxofre girava constantemente atritando-se em terra seca.
Meio século depois, Stephen Gray faz a primeira distinção entre condutores e
isolantes elétricos.
Durante o século XVIII as maquinas elétricas evoluem até chegar a um
disco rotativo de vidro que é atritado a um isolante adequado. Uma descoberta
importante foi o condensador, descoberto independentemente por Ewald Georg von
Kleist e por Petrus van Musschenbroek. O condensador consistia em uma maquina
armazenadora de cargas elétricas. Eram dois corpos condutores separados por um
isolante delgado.
Mas uma invenção importante, de uso pratico, foi o pára-raios, feito
por Benjamin Franklin. Ele disse que a eletrização de dois corpos atritados
era a falta de um dos dois tipos de eletricidade em um dos corpos. Esses dois
tipos de eletricidade eram chamadas de eletricidade resinosa e vítrea. Hoje se
sabe que a eletrização se dá por falta ou excesso de elétrons em corpos.
No século XVIII foi feita a famosa experiência de Luigi Aloisio Galvani
em que potenciais elétricos produziam contrações na perna de uma rã morta. A
descoberta dos potenciais elétricos foi atribuída por Alessandro Volta que
inventou a voltaica. Ela consistia em um serie de discos de cobre e zinco
alterados, separados por pedaços de papelão embebidos por água salgada. Com
essa invenção, obteve-se pela primeira vez uma fonte de corrente elétrica estável.
Por isso, as investigações sobre a corrente elétrica aumentaram cada vez
mais.
Tem início as experiências com a decomposição da água em um átomo
de oxigênio e dois de hidrogênio. Em 1802, Humphry Davy separa eletronicamente
o sódio e o potássio.
Mesmo com a fama das pilhas de Volta, foram criadas pilhas mais
eficientes. John Frederic Daniell inventou-as em 1836 na mesma época das pilhas
de Georges Leclanché e a bateria recarregável de Raymond Louis Gaston Planté.
O físico Hans Christian Örsted observa que um fio de corrente elétrica
age sobre a agulha de uma bússola. Com isso, percebe-se que há uma ligação
entre magnetismo e eletricidade (tem início o estudo do eletromagnetismo).
Em 1831, Michael Faraday descobre que a variação na intensidade da
corrente elétrica que percorre um circuito fechado induz uma corrente em uma
bobina próxima. Uma corrente induzida também é observada ao se introduzir um
ímã nessa bobina. Essa indução magnética teve uma imediata aplicação na
geração de correntes elétricas. Uma bobina próxima a um ima que gira é um
exemplo de um gerador de corrente elétrica alternada.
Os geradores foram se aperfeiçoando até se tornarem as principais
fontes de suprimento de eletricidade empregada principalmente na iluminação.
Em 1875 é instalado um gerador em Gare du Nord, Paris, para ligar as lâmpadas
de arco da estação. Foram feitas maquinas a vapor para movimentar os
geradores, e estimulando a invenção de turbinas a vapor e turbinas para
utilização de energia hidrelétrica. A primeira hidrelétrica foi instalada em
1886 junto as cataratas do Niágara.
Para se distribuir a energia, foram criados inicialmente condutores de
ferro, depois os de cobre e finalmente, em 1850, já se fabricavam os fios
cobertos por uma camada isolante de guta-percha vulcanizada, ou uma camada de
pano.
A Publicação do tratado sobre eletricidade e magnetismo, de James Clerk
Maxwell, em 1873, representa um enorme avanço no estudo do eletromagnetismo. A
luz passa a ser entendida como onda eletromagnética, uma onde que consiste de
campos elétricos e magnéticos perpendiculares à direção de sua propagação.
Heinrich Hertz, em suas experiências realizadas a partir de 1885, estuda
as propriedades das onde eletromagnéticas geradas por uma bobina de indução;
nessas experiências observa que se refletidas, refratadas e polarizada, do
mesmo modo que a luz. Com o trabalho de Hertz fica demonstrado que as ondas de
radio e as de luz são ambas ondas eletromagnéticas, desse modo confirmando as
teorias de Maxwell; as ondas de radio e as ondas luminosas diferem apenas na sua
freqüência.
Hertz não explorou as possibilidades práticas abertas por suas experiências.
Mais de dez anos se passaram até que Guglielmo Marconi utilizou as ondas de
radio no seu telegrafo sem fio. A primeira mensagem de radio é transmitida
através do Atlântico em 1901. Todas essas experiências vieram abrir novos
caminhos para a progressiva utilização dos fenômenos elétrico sem
praticamente todas as atividades do homem.
Última atualização: 19/07/05