BRUXISMO: UMA VISÃO ATUAL

BRUXISM: A CURRENT VISION

Renato UETANABARA*
Marcelo Oliveira MAZZETTO**


UETANABARA, R.; MAZZETTO, M.O. Publicado na Revista de Odontologia da Unicid, v.12, n.2,p.163-69, Jul./Dez. 2000.

* Mestrando do Departamento de Odontologia Restauradora da FORP-USP.

**Professor Titular do Departamento de Odontologia Restauradora da FORP-USP.



RESUMO


Os autores realizaram uma revisão da literatura sobre o bruxismo, abordando os aspectos atuais pertinentes ao tema, emitindo os novos conceitos em relação a definição, etiologia e tratamento.

UNITERMOS: Bruxismo; Oclusão dentária.

ABSTRACT

The authors accomplished a revision of the literature on the bruxism, approaching the pertinent current aspects to the theme, emitting the new concepts in relation to definition, etiology and treatment.

UNITERMS: Bruxism; Dental occlusion.



1. INTRODUÇÃO

O termo bruxismo é originário do grego "brychein"36 , a definição atual de "sleep bruxism" é determinada pela Associação das Desordens do Sono Americana (ASDA, 1997)32.
Tradicionalmente o bruxismo é definido como uma atividade parafuncional noturna de apertamento e rangimento dental5,14,49. Recentemente o bruxismo é descrito de um modo mais restrito como uma atividade motora orofacial durante o sono que é caracterizada por repetidas ou sustentadas contrações dos músculos elevadores da mandíbula28.
Inúmeros estudos traçam o perfil psicológico e mental dos indivíduos que apresentam o bruxismo. MAJOR et al.32 (1999) descreve um elevado estado de alerta mental e físico, uma ansiedade elevada e hostilidade, e hiperatividade segundo PINGITORE et al.40 (1991) e com um complexo de inferioridade de acordo com FISCHER e O'TOOLE16 (1993).
O bruxismo pode ser classificado segundo a Classificação Internacional das Desordens do Sono como: bruxismo moderado, de severidade moderada e severa onde ocorrem evidências de danos as estruturas do sistema estomatognático5.
Devido as diferentes metodologias empregadas, critérios clínicos e amostra populacional empregada a prevalência do bruxismo apresenta uma grande variável5,7,10. Alguns estudos demonstram a incidência de 90% na população42,45 outros entre 6% e 12 %17,18.
HICKS et al.19 (1999) desenvolveu uma pesquisa em jovens universitários para verificar se existe diferença estatística entre os grupos étnicos com relação a incidência do bruxismo. Os resultados demonstraram que a população afro-americana apresentou uma porcentagem de 9,4, a asiática 24,6%, a euro-americana 23.1% e a hispânica 16.9% para o bruxismo. Conclui relatando que a incidência do bruxismo em estudantes universitários varia substancialmente entre os grupos étnicos.

2.ETIOLOGIA
A etiologia do bruxismo não é bem entendida3,5,46,49, sendo uma desordem complexa e de etiologia multifatorial3,39,46. Historicamente, as interferências oclusais associadas ao estado emocional alterado foram considerados os principais fatores desencadeantes do bruxismo39,41,46. Entretanto, esta contribuição como fatores etiológicos vem mudando, pois o primeiro (interferência oclusal) não é considerado mais o principal fator e o segundo (estado emocional) é apenas uma parte da etiologia12. Segundo vários autores a interferência oclusal não é mais aceita como fator etiológico do bruxismo4,43.
CLARK et al.13 (1999) em seu estudo sobre a relação das interferências oclusais com o bruxismo, concluiu que não ficou evidente que as interferências oclusais causam o bruxismo ou desapareçam, se uma interferência dental for removida.
Drogas com anfetaminas5,31, álcool5, desordens no sono24,50, distúrbios no sistema nervoso central5,49e fatores hereditários28,33 podem estar associados ao bruxismo.
HORI e HIROSE22 (1995) em sua pesquisa afirmou que a freqüência do bruxismo observada é de aproximadamente 23% em gêmeos monozigotos, o que reforça segundo os autores a influência hereditária na etiologia do bruxismo.
LOBBEZOO et al.30(1997) em seu estudo sugeriu que o sistema dopaminérgico (dopamina) central pode estar associada com o bruxismo. Este fator etiológico foi definido por MAJOR et al.32 (1999) como neuroquímico.

3.MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

As conseqüências do bruxismo são: desgaste dental39,48, fraturas dentais2,3,15, problemas periodontais2,39, dor e fadiga muscular3,15,41, dores de cabeça39 efeitos comportamentais/psicológicos3, e desordens da articulação temporomandibular1.
ISRAEL et al.25 (1999) utilizou a artroscopia diagnóstica da ATM em pacientes com hábitos parafuncionais para verificar os possíveis danos causados pelos hábitos na ATM, e os achados artroscópicos confirmaram a existência de uma significante relação entre hábitos parafuncionais (bruxismo) e a osteoartrite.
No estudo desenvolvido por MOLINA e SANTOS Jr.37 (1999) a capsulite/sinovite e as adesões de disco ocorreram com maior freqüência em pacientes que apresentaram desordens temporomandibulares com bruxismo do que nos pacientes com as desordens temporomandibulares sem sinais e sintomas do bruxismo.
As catecolaminas (epinefrina, norepinefrina e dopamina) estão aumentadas em pessoas com níveis de ansiedade e estresse que excedam a normalidade, VANDERAS et al.47 (1999) analisando os níveis de catelolaminas na urina de crianças com bruxismo, concluiu que existe uma forte e significante aumento dos níveis de epinefrina e dopamina na urina dessas crianças, o que reforça o conceito que o estado emocional é um fator desencadeante do bruxismo.
KERDPON e SIRIRUNGROJYING 27 (1999) realizaram um estudo clínico para verificar a prevalência e a relação do torus palatino e mandibular com as atividades parafuncionais (bruxismo). Segundo os autores ocorreu uma grande incidência e correlação do torus mandibular com aqueles pacientes que apresentaram hábitos de apertamento e rangimento dental, mas concluem que o torus mandibular não é um indicativo consistente para avaliar se os pacientes possuem ou não os hábitos parafuncionais.


4.TRATAMENTO OU "GERENCIAMENTO"

Não existe tratamento definitivo para o bruxismo29, sendo os objetivos do gerenciamento do bruxismo definido por MIKAMI35 (1977) em: 1) redução da tensão psíquica; 2) tratamento dos sinais e sintomas; 3) minimizações das interferências oclusais e 4) rompimento do padrão neuromuscular habitual. Quando considerado apenas a estrutura dental deve-se: 1) eliminar ou reduzir a mobilidade dental, erosões e abrasões; 2) reparar a estrutura dentária perdida com tratamento restaurador e 3) estabelecer uma oclusão harmoniosa.
Segundo ATTANASIO3 (1999), uma terapia direcionada a musculatura, dentição e estruturas de suporte devem incluir ajustes oclusais, placas interoclusais, farmacoterapia e exercícios fisioterápicos.
HOTTA et al.23 (1993) e MAZZETTO et al.34 (1995) salientaram a importância de uma atuação multidisciplinar (cirurgião dentista, psicóloga, fisioterapeuta e fonoaudióloga) no tratamento/gerenciamento do bruxismo,
HOLMGREN et al.21 (1993) investigando o efeito das placas interoclusais em pacientes com bruxismo, revelou que as placas não eliminam o hábito parafuncional. Em 61% dos casos, as placas apresentaram facetas de desgaste a cada 2 semanas e em 39% de vez em quando. Observou ainda que as facetas de desgaste se apresentavam com um mesmo padrão de desgaste e sempre no mesmo lugar causado basicamente pelo rangimento dental.
Embora a utilização da placa reduza de forma imediata a atividade eletromiográfica e sintomatologia aguda8,10,38, não há evidências de que esta atividade muscular se mantenha a longo prazo20, ou que se elimine o bruxismo definitivamente11.
Vários estudos sugerem a eficácia do propanolol44, benzodiazepínicos3 e bromocriptine30 no tratamento do bruxismo. O Gabapentin baseado na literatura apresenta uma eficácia elevada no tratamento da ansiedade9. Alguns dados sugerem uma associação entre bruxismo e ansiedade26.
Mais recentemente BROWN e HONG6 (1999) apresentaram um caso onde um paciente foi induzido ao bruxismo através de antidrepressivos (Venlafaxine) e foi tratado com Gabapentin (anticonvulsivante). Os autores relataram um sucesso pleno, porém chamam atenção para que novos testes sejam realizados, uma vez que apenas um paciente foi avaliado.

5.CONCLUSÃO
O bruxismo é uma patologia complexa e não entendida na sua íntegra, os esforços para a compreensão dos mecanismos que envolvem a sua possível etiologia e consequentemente um correto plano de "tratamento" é demonstrado pelos inúmeros trabalhos publicados anualmente abrangendo o tema, não somente na área da odontologia mas também na médica.
A sua alta prevalência na população, o efeito deletério que acarreta ao sistema estomatognático e ao paciente em âmbito geral, talvez explique o grande interesse por este tema atualmente.
A literatura apresenta-se muito ampla e confusa principalmente quanto a etiologia e "tratamento" do bruxismo. Vários trabalhos relatam sucessos na metodologia empregada, porém uma falta de padronização e experimentos torna extremamente difícil a aceitação do que é novo.
Neste estudo procuramos evidenciar a literatura atual, porém não devemos nos ater e seguir uma certa filosofia para todos os pacientes, visto que o bruxismo apresenta um alto grau de variabilidade entre os indivíduos.

 

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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