O CONTROLE DO PROCESSO INFECCIOSO

Márcio F. de Moraes Grizi


A Periodontia tem sofrido nestas últimas décadas uma série de modificações conceituais importantes que, de uma forma ou de outra, têm influenciado mudanças nas atitudes terapêuticas.

Os trabalhos científicos publicados neste período vieram confirmar o papel da placa bacteriana como principal fator etiológico das doenças periodontais (DP), dando ênfase ao aspecto de sua especificidade e caracterizando a DP como uma "doença infecciosa de natureza anaeróbia", com fortes evidências de transmissibilidade.

Grande parte dos procedimentos preventivos e terapêuticos em Periodontia podem e devem ser feitos pelo clínico geral. Devem ser de domínio de todo CD conhecimentos sobre o que é doença periodontal, como diagnosticar precocemente, como estabelecer as necessidade de tratamento de grupos populacionais e quais são os meios para se prevenir as doenças e os recursos terapêuticos disponíveis.

Somente se o profissional estiver ciente dessas informações é que ele poderá efetivamente conscientizar seus pacientes, para que adotem medidas preventivas de combate à in-talação, progressão e recidivas das doenças periodontais. Esse seria o principal passo para o controle e/ou eliminação do processo infeccioso.

O profissional deve estar absolutamente seguro de que só obterá sucesso em sua clínica, quando adotar medidas que tenham como obje-tivo: prevenir, controlar e/ou eliminar os principais agentes etiológicos, independente de terem sido adotadas diferentes abordagens terapêuticas para tratar as diferentes formas de doenças periodontais.


MÁRCIO F.DE MORAES GRISI é Professor da Disciplina de Periodontia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto-USP