THD:  PROMOTOR DE SAÚDE

LÉO KRIGER


A polêmica criada acerca da amplitude da atuação do Técnico em Higiene Dental assume contornos que precisam ser bem delimitados para que prevaleça o bom senso.
Para uma breve análise do tema, quatro pontos importantes devem ser considerados: o processo de formação, a inserção na equipe de saúde, a supervisão a que é submetido e a filosofia de trabalho do programa.
Trabalhando desde 1985 no processo de formação de pessoal auxiliar, podemos estabelecer parâmetros de sua atuação clínica e extra-clínica. Desde o início, temos claro que THD não deve ser apenas um "restaurador de dentes", responsável por um aumento de cobertura. Aprender a restaurar é importante, mas não é fundamental. Adequadamente treinado e supervisionado, o THD reúne condições de inserir, condensar e esculpir amálgama, este um ponto tão crucial para os que pretendem limitar sua ação clínica ainda baseados na Odontologia como ofício artesanal e adotando o modelo curativo-restaurador.
Fundamental é a inserção do THD na equipe de saúde, com atribuições claras e objetivas e  supervisão cons-tante. No paradigma da Odontologia Integral, o papel do THD não se esgota ao lado da cadeira e sua ação é mais abrangente.
Não é preciso mexer na lei. Quem sabe, uma mudança em nossos conceitos seria bem melhor.