CURIOSIDADES
O
QUE SÃO RAIOS?
A descarga atmosférica, popularmente conhecida como raio, faísca, relâmpago
ou corisco, é um fenômeno natural que ocorre em todas as regiões da terra. Na
região tropical do planeta, onde está localizado o Brasil, os raios ocorrem
geralmente junto com as chuvas.
O raio é um tipo de eletricidade natural e quando ocorre uma descarga
atmosférica temos um fenômeno de rara beleza, apesar dos perigos e acidentes
que o mesmo pode provocar.
O raio é identificado por duas características principais:
·
o trovão, que é o som provocado pela expansão do ar
aquecido pelo raio e
·
o relâmpago, que é a intensa luminosidade que aparece no
caminho por onde o raio passou.
Os raios ocorrem porque as nuvens se carregam eletricamente. É como se
tivéssemos uma grande bateria com um pólo ligado na nuvem e outro pólo ligado
na terra.
A "voltagem" desta bateria fica aplicada entre a nuvem e a
terra. Se ligarmos um fio entre a nuvem e a terra daremos um curto-circuito na
bateria e passará uma grande corrente elétrica pelo fio. O raio é este fio
que liga a nuvem à terra.
Em condições normais, o ar é um bom isolante de eletricidade. Quando
temos uma nuvem carregada, o ar entre a nuvem e a terra começa a conduzir
eletricidade porque a "voltagem" existente entre a nuvem e a terra é
muito alta: vários milhões de volts (a "voltagem" das tomadas é de
110 ou 220 volts).
O raio provoca o curto-circuito da nuvem para a terra e pelo caminho
formado pelo raio passa uma corrente elétrica de milhares de ampéres. Um raio
fraco tem corrente de cerca de 2.000 A, um raio médio de 30.000 A e os raios
mais fortes tem correntes de mais de 100.000 A (um chuveiro tem corrente de 30
A).
Apesar das correntes dos raios serem muito elevadas, elas circulam
durante um tempo muito curto (geralmente o raio dura menos de um segundo).
Os raios podem sair da nuvem para a terra, da terra para a nuvem ou então
sair da nuvem e da terra e se encontrar no meio do caminho.
No mundo todo ocorrem cerca de 360.000 raios por hora (100 raios por
segundo). O Brasil é um dos países do mundo onde caem mais raios. No estado de
Minas Gerais, onde foram feitas medições precisas do número de raios que caem
na terra, temos perto de 8 raios por quilômetro quadrado por ano.
Muitos raios ocorrem dentro das nuvens. Geralmente este tipo de raio não
oferece perigo para quem está na terra, no entanto ele cria perigo para os aviões.
Os raios caem nos pontos mais altos porque eles sempres procuram achar o
menos caminho entre a nuvem e a terra. Árvores altas, torres, antenas de
televisão, torres de igreja e edifícios são pontos preferidos pelas descargas
atmosféricas.
Os raios trazem uma série de riscos para as pessoas, animais,
equipamentos e instalações.
Mesmo antes de um raio cair já existe perigo. Antes de cair um raio, as
nuvens estão "carregadas de eletricidade" e, se por baixo da nuvem
tivermos, por exemplo, uma cerca muito comprida, os fios da cerca também ficarão
"carregados com eletricidade". Se uma pessoa ou animal tocar na cerca
irá tomar um choque elétrico, que em alguns casos poderá ser fatal.
O choque elétrico ocorre quando uma corrente elétrica circula pelo
corpo de uma pessoa ou animal. Dependendo da intensidade da corrente e do tempo
em que a mesma circula pelo corpo, poderão ocorrer conseqüências diversas:
formigamento, dor, contrações violentas, queimaduras e morte. Se um raio cair
diretamente sobre uma pessoa ou animal, dificilmente haverá salvação.
Na maioria dos casos as pessoas não são atingidas diretamente. Quando
um raio atinge uma cerca ou uma edificação provoca uma circulação de
corrente pelas partes metálicas da instalação atingida.
No caso da cerca, os arames conduzirão parte da corrente do raio e ficarão
eletrificados. No caso de uma casa, os canos metálicos de água, os fios da
instalação elétrica e as ferragens das lajes e colunas irão conduzir parte
da corrente do raio e ficarão também "carregados de eletricidade".
Uma pessoa ou animal que esteja em contato ou até mesmo perto destas partes metálicas
poderá tomar um choque violento.
Mesmo no caso de um raio cair sobre uma estrutura que não tenha matais,
como por exemplo uma árvore, uma pessoa perto desta árvore poderá tomar um
choque. Os valores das voltagens e correntes envolvidas no raio são tão
grandes que ele faz a árvore se comportar como um condutor de eletricidade.
Os equipamentos elétricos e telefônicos sofrem muito com os raios.
Estes equipamentos são projetados para trabalhar com uma "voltagem"
especificada. Quando
um raio cai perto ou sobre as redes telefônicas, redes elétricas e antenas,
ele provoca o aparecimento de "voltagens" elevadas nos equipamentos,
muito acima do valor para o qual eles foram projetados e geralmente ocorre sua
queima.
Os raios podem provocar danos mecânicos, como por exemplo derrubar árvores
ou até mesmo arrancar tijolos e telhas de uma casa.
Um dos grandes perigos que os raios criam são os incêncios. Muitos incêndios
em florestas são provocados por raios. No caso de silos e depósitos de
material inflamável, a queda de uma raio pode provocar consequências catastróficas.
Muitas supertições e lendas existem sobre raios. Algumas tem fundamento
e outras não. Tentaremos analisar as principais superstições.
Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar. Isto não é verdade. As estruturas elevadas, por exemplo, são
atingidas várias vezes por raios.
É perigoso segurar objetos metálicos durante as tempestades. Sim
e não. Segurar objetos pequenos, como uma tesoura ou alicate, não provoca
risco. Entretanto, carregar um objeto metálico, ou até mesmo um ancinho ou
outra ferramenta metálica em um local descampado pode oferecer riscos.
Devemos cobrir os espelhos durante as tempestades, pois eles atraem os
raios. Não, isto não é
verdade. Até hoje não foi demonstrada nenhuma relação entre os espelhos e os
raios.
Andar com uma "pedra do raio" no bolso evita raios. Quando
um raio atinge o solo, sua corrente aquece o solo e se for muito intensa poderá
ocorrer a fusão de pequenas pedras, formando um pedregulho de aspecto estranho.
Dizem que carregar uma destas pedras dá sorte e evita os raios. Evitar raios a
pedra não evita, mas dar sorte, talvez sim!
(Fonte: Portal da Eletricidade http://www.mundociencia.com.br/fisica/eletricidade/historiaeletricidade.htm
Última atualização: 19/07/05