O ser humano é relativo e paradoxal

Jesus Djalma Pécora

 

 

            No relacionamento humano há que ter muito cuidado, pois podemos nos enganar por nossa própria ignorância.

            Nas relações com os outros, por exemplo, entre namorados, entre marido e mulher, entre discípulo e mestre, entre orientados e orientadores, entre pais e filhos, estamos em relação de idolatria, que é semelhante à paixões. É uma maneira de exigir o absoluto a um ser relativo

            Assim, quando este ser nos decepciona, nós entramos no desespero. Nossa decepção está na proporção direta de nossas expectativas e, desse modo passamos  os nossos sentimentos de amor  ao ódio.

            A pessoa que foi motivo de nosso grande amor, de nossa grande admiração passa a ser a pessoa que mais odiamos.

            A pessoa que exigiu o absoluto do relativo, quando se decepciona passa do estado de idolatria, de esperança imensa para um estado de decepção e de desespero.

            Para que você não sofra com as decepções procure não exigir o absoluto de um ser relativo, não endeusar ninguém, não colocar o sentido de sua vida em outra pessoa e aprenda a respeitar em todos ser e em todas as coisas a relatividade dos atos.

            O ser humano, por mais brilhante que seja, será sempre relativo e paradoxal. Assim, a lógica aristotélica não serve para as relações humanas.

            Na lógica aristotélica, pensamos que ao fazer o bem para uma determinada pessoa, nós deveremos receber o bem, se damos amor, receberemos amor e assim por diante. Porém, o ser humano não é uma equação matemática e ele responderá das maneiras mais diversas em virtude de sua relatividade e, assim, para não sofrer nas relações humanas devemos entender que o ser humano é paradoxal, ou seja, as coisas podem caminhar diferente do que pensamos.

Pense nisso!!!

 

 

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