Fazer o que gosta
Jesus
Djalma Pécora
A vida humana sobre a terra é cheia de dificuldades e lutas pela sobrevivência. Criar família, educar filhos, viver com dignidade, cuidar da saúde e muitos outros problemas envolvem o nosso dia a dia durante a nossa existência.
Assim,
vivemos em sociedade e esta exerce influência sobre nossos procedimentos, pois
ela pode nos incutir inúmeros preconceitos, dependendo do espírito de cada
época.
Muitos
dos preconceitos que eram vigentes no século passado deixaram de existir,
porém, outros foram criados, trazendo, por sua vez, sérias conseqüências ao
nosso bem estar, nossa saúde e, por conseguinte, à nossa felicidade.
A maioria dos pais esforça-se ao máximo para que seus filhos tenham uma educação superior e, se possível, uma profissão de destaque, que lhes dêem orgulho, dinheiro e posição social. Esse preconceito sempre teve uma força muito grande em nossa sociedade.
Os
pais deveriam se preocupar em formar bons filhos, com uma boa educação moral e
com noção de cidadania para respeitar o bem comum.
De
que vale uma pessoa ter uma vocação da qual não goste? Vale muito para lhe
trazer infelicidade, porque não há maior castigo do que fazer o que não gosta.
Aí, a palavra trabalho tem a força de sua origem, ou seja, vem do latim trepalium,
que significa castigo. Quem gosta do que faz, labora e não, trabalha.
Quando
a profissão responde à vocação da pessoa, o trabalho (labor) é prazeroso,
criativo, dinâmico, alegre e repleto de paz. Quem realmente faz o que gosta e
responde ao chamado, pois vocação vem do latim vox, voz, chamamento,
vive com entusiasmo. A palavra entusiasmo vem do grego e significa: estar cheio
de Deus.
Todos
nós precisamos trabalhar e é preferível laborar no que se gosta e não, no que
nos é imposto pelo preconceito social.
Todos
os trabalhos são úteis e necessários para o bem estar da sociedade e não há uma
profissão mais importante que a outra. O que há, é sim, uma escala social
preconceituosa e, o valor da remuneração é inversamente proporcional ao esforço
físico e diretamente proporcional ao tempo de estudo.
No
conjunto, todas as profissões se fazem necessárias e se interligam para o bem
estar da comunidade.
Imagine
o que pode acontecer se os lixeiros não recolherem os lixos de uma cidade por
vários dias. O caos se estabeleceria, os ratos, as baratas e os microrganismos
proliferariam e as doenças aumentariam e, a saúde pública entraria
O
preconceito social salienta que para ser feliz é necessário ganhar dinheiro,
muito dinheiro. Será verdade? O dinheiro necessário para uma vida digna não
será o suficiente?
O
mais rico não é aquele que tem mais dinheiro, mas o que tem menos necessidade.
Faça
uma reflexão e observe que a maioria da infelicidade que abate sua alma está na
razão direta das necessidades fictícias que as pessoas criam.
A
felicidade é um estado de alma, que se pode tentar obter simplificando suas
necessidades ilusórias. Busque a felicidade a felicidade realizando o seu dom,
pois cada pessoa tem o seu, que lhe é próprio. Busque a felicidade eliminando
suas tensões, diminuindo seus preconceitos, seus orgulhos, ciúmes e invejas, ou
sejam diminuindo os vícios humanos comuns. Ninguém é culpado pela sua
infelicidade. Cada qual é responsável por seus atos, culpar alguém pelo que lhe
aconteça é, no mínimo, ridículo.
Trabalhar
fora de sua real aptidão, da sua vocação, de seu dom, fará com que você sofra
insegurança, medo, ansiedade, angustia e todo tipo de estresse, gerando muitas
doenças.
Descubra
a sua vocação, não importa sua idade, pois sempre há tempo para ser feliz.