DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO TAMANHO DAS PARTÍCULAS DO BREU UTILIZADO NA COMPOSIÇÃO DO CIMENTO DE GROSSMAN SOBRE A SUA ADESIVIDADE À DENTINA HUMANA
Estudou-se a influência do tamanho das partículas do breu
utilizado na composição dos cimentos obturadores dos canais
radiculares tipo Grossman sobre a sua adesividade à dentina humana.
Foram utilizados 15 dentes caninos superiores humanos de estoque seccionados
longitudinalmente e lixados até se obter uma superfície plana
e paralela ao longo eixo do dente. Cada dente foi fixado em uma base de
resina acrílica quimicamente ativada e recebeu um corpo de prova
preenchido com cada um dos três cimentos endodônticos tipo
Grossman aviados com variação do tamanho da partícula
do breu por meio da utilização de malhas de tamis 60, 100
e 150, que selecionavam partículas das maiores para as menores,
respectivamente.
Assim, formaram-se três grupos com 5 dentes em função
do tamanho da partícula do breu. Cada cimento testado foi submetido
ao teste de adesividade, baseado na resistência à tração,
sob a ação da Máquina Universal de Ensaios. A força
de tração difere da adesividade somente por se expressar
em sentido oposto. Os resultados foram transformados e expressos em Mega
Pascal (MPa).
Os resultados evidenciaram diferença estatisticamente significante
ao nível de 5 % de probabilidade entre as formulações
aviadas com diferentes tamanhos de partículas do breu. O cimento
endodôntico preparado com breu de malha 60 apresentou maior adesividade
que os demais. Os cimentos preparados com malhas 100 e 150 exibiram valores
de adesividade estatisticamente semelhantes entre si.
The influence of particle size of the rosin used in the composition of
the Grossman root canal sealer was studied regarding its adhesion to dentine.
Fifteen human upper canines were sectioned longitudinally until a flat,
parallel surface to the long axis of the tooth was obtained. Each tooth
was fixed in a base of chemically activated acrylic resin and received
an aluminum cylinder, which was filled with three different kinds of Grossman
root canal sealers. These different sealers were obtained by using rosins
obtained from meshes 60 (larger particles), 100 (medium sized particles)
and 150 (smaller particles).
Thus, three different groups with five teeth each were formed, depending
on the size of the rosin particle. Each tested sealer was submitted to
adhesion test under the Universal Testing Machine. Traction force differs
from adhesion only by expressing on the opposite way. The results were
transformed to MegaPascal (MPa), showing statistically significant differences
(p<0,05) between the different formulas obtained from different sizes
of rosin particles. The root canal sealer obtained from rosin particles
mesh 60 showed greater adhesion values when compared to the others. Sealers
obtained from rosin particles meshes 100 and 150 proved to be statistically
similar.
O paradigma endodôntico vigente é baseado na limpeza, desinfecção
e obturação dos canais radiculares. O refinamento de técnicas,
criação de novos instrumentos e aperfeiçoamento de
materiais representam inegável progresso, porém os preceitos
básicos que regem a Endodontia permanecem inalterados há
muito tempo (SAVIOLI74, 1998).
A obturação hermética do sistema de canais radiculares
por meio de materiais biologicamente toleráveis continua sendo a
meta do tratamento endodôntico. Reunindo os trabalhos de PRINZ68
(1912), FISHER26 (1927), PUTERBAUGH70 (1928), GROSSMAN33
(1958) e FRAUNHOFER & BRANSTETTER28 (1982), pode-se listar
uma série de características que o material obturador de
canais radiculares deve possuir: 1) não deve ser agente putrefativo;
2) deve ter qualidades anti-sépticas permanentes; 3) deve ser de
fácil introdução no canal; 4) deve ser biocompatível;
5) não deve descolorir as estruturas dentais; 6) não deve
ser poroso e deve-se manter estável dimensionalmente; 7) deve ser
de fácil remoção do interior do canal se necessário
for; 8) deve obturar hermeticamente os canalículos dentinários
e o forame apical contra a invasão bacteriana; 9) deve ser radiopaco;
10) deve apresentar boa adesão com as paredes do canal radicular;
11) deve possibilitar uma consistência satisfatória.
Além dessas características, no momento faz-se necessário
acrescentar as citadas por BLOCK et al.9 (1978), TORABINEJAD
et al.88
(1979), MORSE et al.55 (1981) e HOLLAND
et al.41 (1983), que são: 1- o cimento obturador de canais
radiculares não deve provocar resposta imunológica dos tecidos
periapicais e 2) o cimento não pode ter características mutagênicas
ou carcinogênicas.
Na verdade, tem-se observado a impossibilidade de um material preencher
todas as características ideais e desejáveis para um cimento
obturador dos canais radiculares. O que normalmente ocorre é a prevalência
de algumas delas em detrimento de outras.
Assim, por não existir, ainda, um material que possua todas essas
características, as atividades dos pesquisadores continuam com o
objetivo de encontrar o cimento obturador ideal.
GOLDBERG30 (1982) classificou os materiais obturadores dos canais
radiculares em dois tipos: os levados ao canal radicular em estado sólido
(cones de prata e de guta-percha), e os levados ao canal radicular em estado
plástico (pastas e cimentos).
Entre os materiais levados no estado plástico tem-se os cimentos
dos canais radiculares, que podem ser classificados em: cimentos resinosos
à base de resina epóxica ou polivinílicas, cimentos
à base de óxido de zinco e eugenol contendo ou não
medicamentos, cimentos que contêm hidróxido de cálcio
e, mais recentemente, os cimentos à base de ionômero de vidro.
GROSSMAN31,33,34,35 (1936, 1958, 1962 e 1974) não mediu
esforços em pesquisar cimentos obturadores e propôs um cimento
à base de óxido de zinco e eugenol que sofreu várias
modificações durante o decorrer das décadas até
chegar à fórmula atual.
SAQUY72 (1989) ressalta que o cimento do tipo Grossman era o
mais utilizado na região de Ribeirão Preto.
Ao estudar o perfil ideal que um material obturador deve possuir, torna-se
possível estabelecer os parâmetros de pesquisa para o desenvolvimento
de novos produtos, bem como a avaliação daqueles já
existentes no mercado.
Para efeito didático, pode-se dividir as propriedades dos cimentos
obturadores de canais radiculares em: físico-químicas, antimicrobianas
e biológicas.
Preocuparam-se com as propriedades e qualidades antimicrobianas os pesquisadores
BARTELS5 (1947), ORSTAVIK60 (1981), MOORER &
GENET54 (1982), OGATA et al.58 (1982), ORSTAVIK63
(1988),
HELING & CHANDLER38 (1996), ABDULKADER et al.1 (1996),
KAPLAN et al.45 (1999), dentre outros.
O aspecto biológico foi exaustivamente pesquisado e, dentre muitas
investigações, pode-se destacar os trabalhos de HOLLAND et
al.42 (1971), MOHAMMAD et al.52 (1978), HOLLAND et
al.41 (1983), HENSTERN-PETTERSEN & ØRSTAVIK39
(1985), BILGINER et al.8 (1997), GEURTSEN & LEYHAUSEN29
(1997), OSORIO et al.64 (1998) e KOLOKOURIS et al.46
(1998).
As propriedades físico-químicas dos cimentos obturadores
dos canais radiculares foram estudadas por muitos pesquisadores, e aqui
ressaltamos os trabalhos de BUCHBINDER15 (1931), MOLNAR &
SKINNER53 (1942), GROSSMAN32 (1946), SKINNER &
ZIEHM84 (1950), McELROY49 (1955), BRAUER et al.14
(1958),
NORMAN et al.57 (1958), ZERLOTTI FILHO95 (1959),
PHILLIPS & LOVE67 (1961), BRAUER et al.13 (1962),
NORMAN et al.56 (1964), LEAL47 (1966), HIGGINBOTHAM40
(1967), BRAUER11 (1967), BRAUER et al.12 (1968),
BATCHELOR & WILSON6 (1969), SIMÕES FILHO83
(1969), WEISSMAN92 (1970), WILSON & BATCHELOR94
(1970), WEINER & SCHILDER91 (1971), GROSSMAN36
(1976), McCOMB & SMITH48 (1976), BENATTI et al.7 (1978),
FRAGOLA et al.27 (1979), FRAUNHOFER & BRANSTETTER28
(1982), GROSSMAN37 (1982), ØRSTAVIK61 (1983),
ZYTKIEVITZ et al.96 (1985), HYDE44 (1986), WENNBERG
& ØRSTAVIK93 (1990), SAVIOLI73 (1992),
SILVA78 (1992), FIDEL20 (1993), SOUSA NETO85
(1994), SILVA et al.80 (1994), FIDEL et al.21 (1994),
FIDEL et al.22 (1994), SILVA et al.81 (1994), SILVA
et al.82 (1995), FIDEL et al.23 (1995), FIDEL et
al.24 (1995), FIDEL et al.25 (1995), SILVA79
(1996), SILVA et al.77 (1997), HUANG & KAO43
(1998), ONO & MATSUMOTO59 (1998) e SOUSA NETO86,87
(1997 e 1999).
Em relação aos estudos das propriedades físico-químicas
dos cimentos obturadores dos canais radiculares, deve-se salientar que,
em 1983, foi efetivada uma série de normas e testes para a avaliação
dos materiais obturadores endodônticos, divulgada no ano anterior
pela American Dental Association. Tal fato reveste-se de muita importância,
pois a partir de então passaram a existir procedimentos padronizados,
com finalidade específica de avaliar as propriedades físicas
dos materiais em pauta.
A Especificação 57 para materiais obturadores endodônticos
da American Dental Association2 (1983) determina,
para avaliação das propriedades físicas, os seguintes
testes: escoamento, espessura do filme, tempo de trabalho, tempo de endurecimento,
radiopacidade, solubilidade e desintegração e estabilidade
dimensional. Vale salientar que esta norma não prevê nenhum
modelo paras os testes de adesividade, infiltração e verificação
do pH.
A adesividade significa a capacidade do cimento obturador em aderir às
paredes dentinárias do canal radicular e propiciar um meio cimentante
que promova a união entre os cones de guta-percha entre si e estes
com a dentina.
A
American Dental Association não padronizou um método
para o estudo da adesividade dos cimentos obturadores dos canais radiculares
pois não existia, até a presente data, um consenso entre
os pesquisadores que estudam esse assunto.
Para o estudo da adesividade, GROSSMAN36 (1976) propôs
o uso de uma máquina simples constituída de uma haste em
forma de T dotada de duas roldanas e um fio. Uma das extremidades do fio
é conectada ao material a ser testado e, na outra extremidade, conecta-se
à carga. Adiciona-se carga até a separação
do material obturador da superfície dentinária.
ØRSTAVIK61 (1983) propôs o uso da Máquina
Universal de Ensaios para os testes de adesividade dos materiais obturadores
dos canais radiculares. Esse método foi seguido por HYDE44
(1986), WENNBERG & ØRSTAVIK93 (1990), SOUSA NETO86,87
(1997 e 1999) e CUSSIOLI18 (1999).
No que concerne ao cimento do tipo Grossman (à base de óxido
de zinco e eugenol), muitas pesquisas foram realizadas no sentido de se
observar a ação de cada componente químico sobre as
suas propriedades físico-químicas (SAVIOLI73,
1992) e também estudou-se o efeito que a adição de
óleos essencial ao eugenol poderia ocasionar nessas propriedades
(SOUSA NETO85, 1994), bem como o efeito de diferentes tipos
de breus e resinas hidrogenadas sobre elas (SOUSA NETO86, 1997).
Sabe-se que o tamanho da partícula do pó de um cimento pode
influenciar as suas propriedades físicas (NORMAN et al.56,
1964; FRAGOLA et al.27, 1979; GROSSMAN36, 1976; PECORA
et al.66, 1998).
SOUSA NETO86 (1997) concluiu em suas investigações
que o breu tipo WG possibilita a obtenção do cimento tipo
Grossman com maior capacidade de adesão que os cimentos produzidos
com breu do tipo X e WW .
Este trabalho propõe-se estudar o efeito do tamanho das partículas
do Breu WG (resina natural) utilizado na composição do cimento
de Grossman sobre a sua capacidade de adesão à dentina humana.
O cimento de óxido de zinco e eugenol tem sido utilizado na Odontologia
desde que SOREL o propôs em 1855 (apud MOLNAR & SKINNER53,
1942). Esse cimento, dependendo das suas formulações, é
utilizados na Dentística, Prótese, Periodontia e Endodontia.
O cimento obturador de canais radiculares tem a função de
unir os cones de guta-percha entre si e estes com as paredes dos canais,
preenchendo as irregularidades e promovendo o selamento hermético.
A busca de um material ideal para a obturação dos canais
radiculares constitui uma tarefa ainda não solucionada e os pesquisadores
lutam constantemente para obter um cimento obturador que apresente boas
propriedades biológicas, antimicrobianas e físico-químicas.
O velho axioma "o mais importante no tratamento endodôntico é
o que se retira e não o que se coloca no canal radicular" está
sendo substituído por um outro bem mais real proposto por Valdir
de SOUZA (1997) - comunicação pessoal - que diz: "Num tratamento
de canal radicular é muito importante o que dele se retira, porém
não menos importante é o que nele se coloca".
McELROY49 (1955) realizou uma extensa revisão de literatura
a respeito dos materiais utilizados para obturação do canal
radicular e cita os seguintes: ouro em folha, fosfato tricálcico
com eugenol, óxido de zinco e ácido clorídrico, carvão
pulverizado com iodofórmio, pontas de madeira de laranjeira associada
a uma pasta de iodofórmio e fenol, óxido cloreto de zinco
e lã mineral, estanho em folha, chumbo em folha coberta com pasta
de fenol e iodo, pontas de madeira embebida em bicloreto ou mercúrio,
madeira de cedro associada à parafina, pontas de algodão
saturadas com óleo de canela ou fenol canforado, iodeto de fenol
e parafina, fenil salicilato, amálgama de cobre, pasta de óxido
de zinco e eugenol, dentina de cachorro, marfim pulverizado e dentina humana.
Observa-se que, até o final do século passado, muito empirismo
era realizado.
No alvorecer do século XX, os investigadores já estavam bem
mais preparados e com uma visão de que um material obturador de
canais radiculares deveria preencher requisitos biológicos, antimicrobianos
e físico-químicos.
PRINZ68 (1912) relatou que o principal objetivo da obturação
do canal radicular consiste na substituição do órgão
pulpar por um material sólido, inerte e insolúvel. Esse autor
salientou que a não obturação do canal radicular permite
a infiltração de líquidos tissulares que servirão
de substrato nutriente para os microorganismos presentes nos canalículos
dentinários de um canal radicular previamente infectado. Neste trabalho,
o autor ainda preconiza que os materiais obturadores de canais radiculares
devem apresentar as seguintes propriedades: não provocar a putrefação
dos tecidos, possuir propriedades anti-sépticas permanentes, ser
de fácil introdução no interior do canal , não
irritar os tecidos periapicais, não alterar a cor da estrutura dental,
não apresentar porosidade, manter inalteradas as suas formas, ser
de fácil remoção, promover obturação
hermética do canal radicular e ser radiopaco.
Com este trabalho pioneiro, PRINZ68 (1912) estabeleceu as propriedades
que um material obturador deve possuir, que serviram de norte para os que
o sucederam.
CALLAHAN16 (1914) preconizou, para o obturação
dos canais radiculares, o uso de resina natural (guta-percha) dissolvida
em clorofórmio e misturada com o pó de óxido de zinco.
Essa técnica foi utilizada durante muitas décadas e sofreu
várias modificações.
Após muitos trabalhos e exaustivas investigações para
se obter um material obturador de canais radiculares, RICKERT71
(1927) publicou a fórmula de um cimento que até hoje é
utilizado e ficou conhecido com o nome de cimento de Rickert. A fórmula
é a seguinte: pó - prata precipitada 24,74%, óxido
de zinco 34%, bi-iodo de bi-timol (Aristol) 10,55% e resina natural 30,71%.
Esse pó reage com um líquido composto de eugenol e bálsamo
do Canadá.
Os requisitos que um material obturador ideal deveria possuir continuaram
a ser investigados e FISHER26 (1927) citou os seguintes: selar
hermeticamente o canal radicular, não ser irritante aos tecidos,
não sofrer alteração dimensional após o endurecimento,
ser passível de esterilização, ser insolúvel
e impermeável aos fluidos tissulares, ser radiopaco, não
alterar a cor das estruturas dentais e ser de fácil remoção
caso seja necessário.
PUTERBAUGH70 (1928) foi um dos primeiros pesquisadores a se
preocupar com a biocompatibilidade dos materiais obturadores de canais
radiculares e defendeu a idéia de não incorporar agentes
anti-sépticos aos cimentos obturadores, porque esse autor era defensor
de uma rigorosa limpeza do canal por meio da biomecânica, com base
nos cuidados tomados durante a instrumentação - irrigação.
BUCHBINDER15 (1931), preocupado com a alteração
dimensional de alguns materiais obturadores utilizados até essa
data, testou a guta-percha dissolvida tanto em clorofórmio como
em eucaliptol, e o cimento de Rickert (1927). O método preconizado
por esse investigador consistia em preencher tubos de vidro com os materiais
testados e imergi-los em água com corante. À medida que material
deslocava-se das paredes dos tubos de vidro, formavam-se bolhas de ar visíveis
e ocorria a penetração do corante. Como resultado, o autor
salientou que o cimento de Rickert (1927) apresentou melhor resultado que
os demais materiais testados. Além da pesquisa, o autor mencionou
as propriedades que um cimento obturador deve possuir, porém não
acrescentou nada de diferente aos requisitos propostos por PRINZ68
(1912) e FISHER26 (1927).
GROSSMAN31 (1936), à semelhança de RICKERT71
(1927), propôs um cimento obturador de canal radicular à base
de óxido de zinco e eugenol e com prata em sua composição,
com o objetivo de aproveitar as propriedades oligodinâmicas desse
metal. O cimento proposto apresenta a seguinte formulação:
pó - prata pulverizada, resina hidrogenada e óxido de zinco;
líquido - eugenol e solução de cloreto de zinco a
4%.
WALLACE & HANSEN89 (1939) investigaram como se processava
o endurecimento dos cimentos à base de óxido de zinco e eugenol
e das misturas do óxido de zinco com resinas naturais. Os autores
concluíram que o aumento da umidade ou da temperatura no momento
da manipulação do cimento estudado tende a diminuir o tempo
de endurecimento, ou seja, quanto maior a umidade relativa do ar ou a temperatura,
o cimento endurece mais rapidamente.
Na tentativa de esclarecer as variáveis que afetam o tempo de endurecimento
dos cimentos à base de óxido de zinco e eugenol, MOLNAR &
SKINNER53 (1942) realizaram vários experimentos e constataram
que se faz necessário o uso de um acelerador ao pó para se
conseguir um tempo suficientemente curto de endurecimento do cimento de
óxido de zinco e eugenol. Os autores observaram que vários
sais poderiam ser aceleradores eficientes, tais como acetatos, cloretos
e nitratos. Eles observaram também que sais muito solúveis
aumentavam a solubilidade do cimento óxido de zinco e eugenol. Notaram,
também, que as resinas naturais (breus) eram aceleradores eficazes.
PUCCI69 (1945), ao se referir aos cimentos à base de
óxido de zinco e eugenol, relatou que o óxido de zinco é
um pó branco ou branco-amarelado, amorfo e inodoro. É obtido
pela combustão do zinco metálico na presença de ar,
ou por calcinação do hidróxido de zinco, carbonato
de zinco e ou nitrato de zinco. É insolúvel em água.
O óxido de zinco utilizado na Odontologia deve ser quimicamente
puro e livre de impurezas como o arsênico. O eugenol é um
fenol aromático obtido a parte do óleo do cravo. Trata-se
de um líquido incolor ou ligeiramente amarelado, sendo pouco solúvel
em água e solúvel em álcool, éter e clorofórmio.
BADAN4 (1949) propôs um cimento obturador de nome comercial
Alpha Canal®, cujo pó era constituído de 80g
de Óxido de zinco tolubalsamizado, 90g de Óxido de zinco
(farmacopéia brasileira) e o líquido continha 15g de Timol,
15g de Hidrato de Cloral, 2g de Bálsamo de Tolu e 10g de Acetona.
SKINNER & ZIEHN84 (1950) estudaram as propriedades físico-químicas
de cimentos à base de óxido de zinco e eugenol utilizados
em diversas áreas da Odontologia e salientaram que a adição
de resina natural adicionada ao pó do cimento, a temperatura e a
umidade relativa do ar funcionam como aceleradores do tempo de endurecimento.
GROSSMAN33 (1958), após muitos anos de estudos, preconizou
um novo cimento obturador de canais radiculares de cor creme clara de modo
a não possuir a coloração cinza dos cimentos que contêm
prata. O autor partiu da fórmula de seu cimento preconizada em 1936,
com as seguintes modificações: remoção da prata
e adição do subcarbonato de bismuto e do sulfato de bário
como agente radiopaco. Segundo o autor, esse novo cimento, além
de não manchar as estruturas dentais, apresenta facilidade durante
a manipulação, boa plasticidade, adesividade satisfatória
e radiopacidade adequada. No líquido, o autor adicionou o óleo
de amêndoas doces ao eugenol, para obter tempo de endurecimento mais
longo e proporcionar, desse modo, tempo de trabalho suficiente para o operador
realizar a obturação do canal radicular.
NORMAN et al.57 (1958) estudaram a solubilidade de vários
cimentos odontológicos e, dentre esses, o cimento de óxido
de zinco e eugenol. Esses autores constataram que a adição
do acetato de zinco na proporção de 1% não apresentava
efeito apreciável na solubilidade quando comparado ao cimento de
óxido de zinco e eugenol puro, porém, funcionava como bom
acelerador do tempo de endurecimento.
BRAUER et al.14 (1958) afirmaram que as misturas à base
de óxido de zinco e eugenol formam uma massa dura, consistente,
que tem sido útil em um certo número de aplicações
dentais. A massa endurecida consiste de óxido de zinco envolvido
por uma matriz de um quelato eugenolato de zinco, que possui a seguinte
fórmula: (C10H11O2)2
Zn.
MESSING51 (1961) salientou que o cimento à base de óxido
de zinco e eugenol não possui adesividade e tende a ser friável,
fraturando-se facilmente quando submetido ao estresse. A adição
de resina natural dá a esse tipo de cimento um pouco de adesividade
à dentina.
Continuando suas investigações sobre o cimento obturador
de canais radiculares,
GROSSMAN34 (1962) propôs mudanças do seu cimento
de 1958 com o objetivo de obter maior tempo de trabalho para o operador.
Ele acrescentou ao pó um retardador de endurecimento do cimento
de óxido de zinco e eugenol, que é o tetraborato de sódio
anidro.
Ainda, neste trabalho, o autor fez recomendações sobre o
modo de manipular o novo cimento. Ele preconizou que o pó deve ser
incorporado ao líquido, em pequenas porções, demorando
em torno de três minutos para a espatulação, em relação
a cada gota do líquido. A consistência do cimento deve ser
tal que, ao levantar a espátula, o cimento a ela aderido demore
de dez a quinze segundos para cair e, ainda, quando a superfície
plana da espátula for colocada sobre a mistura e levantada lentamente
da placa de vidro, deverá se formar um fio de cimento de pelo menos
uma polegada (2,54 cm), que une a espátula à massa do cimento
que está sobre a placa.
NORMAN et al.56 (1964) estudaram a ação do tamanho
das partículas do pó do cimento de óxido de zinco
e eugenol sobre o tempo de endurecimento, resistência à compressão,
solubilidade e resistência à abrasão. Os autores concluíram
que partículas menores provocam endurecimento mais rápido
do que cimentos com partículas maiores. As partículas maiores
propiciam cimentos com maior facilidade de desintegração.
Eles constataram, também, que a adição de resina natural
(breu) ao cimento de óxido de zinco e eugenol tende a reduzir a
solubilidade deste cimento.
Um ano após, COLEMAN & KIRK17 (1965) também
concluíram, após realizar estudos com cimentos à base
de óxido de zinco e eugenol, que, quanto maior a partícula
do cimento, maior o seu tempo de endurecimento.
GROSSMAN35 (1974) realizou uma nova alteração
na fórmula do seu cimento, diminuindo a quantidade do retardador
(tetraborato de sódio anidro) e retirou o óleo de amêndoas
doces do líquido. Essa foi a última mudança que GROSSMAN
realizou em seu cimento, que até hoje é utilizado.
GROSSMAN36, em 1976, estudou, entre outras propriedades físicas
dos cimentos obturadores dos canais radiculares, a adesividade dos seguintes
produtos: AH26®, Diaket®, Kerr sealer®,
Mynol®, N2®, N2 no-lead®,
ProcoSol® (non-staining), RC2B®, Roth 801®,
Roth 811®, Tubliseal® e cimento de óxido
de zinco e eugenol. O resultado deste trabalho estabeleceu que a adesividade
da maior para a menor era a seguinte: AH26®, Diaket®,
Mynol®, Roth 801®, Roth 811®,
Kerr sealer®, Procosol®, Tubliseal®,
N2®, N2 no-lead®, RC2B®. Os
cimentos à base de óxido de zinco e eugenol apresentaram
baixa adesividade em relação ao cimento de resinas sintéticas
McCOMB & SMITH48, também em 1976, avaliaram as propriedades
físicas de escoamento, tempo de endurecimento, radiopacidade, adesão
à
dentina radicular, resistência à compressão e solubilidade
de nove cimentos obturadores do canal radicular e as compararam com as
propriedades de dois cimentos endodônticos especialmente preparados,
ambos com fórmulas à base de policarboxilato. Os cimentos
avaliados foram: Kerr antiseptic pulp canal sealer®, Kerr
Tubliseal®, ProcoSol non-staining root canal cement®,
ProcoSol silver ciment®, PCA root canal sealer®,
Roth root canal cement n. 801®, Roth root canal cement n.
511®, Diaket root filing material® e o AH26®.
Usou-se a especificação número 8 da American Dental
Association para cimentos fosfato de zinco para a avaliação
do escoamento, tempo de endurecimento, resistência à compressão
e solubilidade. Os cimentos obturadores do canal radicular à base
de óxido de zinco e eugenol foram tipicamente de baixa resistência
e alta solubilidade, não apresentando ainda adesão à
dentina, fato este que ocorreu também com o cimento à base
de resina polivinílica Diaket®. O cimento à
base de resina epóxica AH 26® apresentou propriedades
superiores em relação à resistência, escoamento,
radiopacidade e adesão, embora tenha demonstrado alta solubilidade.
Os cimentos à base de policarboxilato apresentaram adesão
à dentina duas vezes maior do que aquela apresentada pelo AH 26®.
Os autores afirmaram que a adesividade em relação ao aspecto
clínico deveria ser questionada no que se diz respeito ao preparo
da luz do canal e também à quantidade de débris orgânicos
e inorgânicos restantes no interior do canal, uma vez que a adesão
se torna mais difícil quão maior for a quantidade de débris
presente.
FRAGOLA et al.27, em 1979, estudaram a influência do tamanho
das partículas dos componentes do cimento de Grossman no que diz
respeito ao tempo de endurecimento, escoamento, radiopacidade e aspecto
radiográfico. Para o respectivo estudo, os autores usaram quatro
tipos de malhas diferentes: 50, 100, 200 e 400 respectivamente. Concluíram
que, quanto maior o tamanho da partícula, menor é a solubilidade
e maior é o tempo de endurecimento, além do que os cimentos
de partículas menores são mais fáceis de espatular
e, assim, obter-se o ponto ideal do cimento. As partículas menores
foram compactadas mais próximas umas das outras e apresentaram um
alto grau de densidade. A velocidade da reação é afetada
pelo conteúdo de vapor e umidade do ambiente. A capacidade do óxido
de zinco de se hidratar está relacionada com o tamanho da partícula.
À medida que o seu tamanho aumenta, a superfície do mesmo
volume diminui. Em outras palavras, quanto maior o tamanho das partículas,
menor é a superfície, que resulta em uma diminuição
da reatividade e solubilidade da mistura. Partículas maiores constituem
cimentos à base de óxido de zinco que endurecem mais vagarosamente,
são menos reativas e proporcionam matriz menos homogênea do
que os cimentos que contêm partículas menores. A reação
de endurecimento do óxido de zinco e eugenol é essencialmente
uma reação iônica ácido-base, com o eugenol
servindo como doador de próton e o óxido de zinco-eugenol
como o seu receptor. O hidrogênio fenólico no eugenol dimérico
é substituído pelos ions de zinco para formar um quelato
óxido de zinco-eugenol. A água é necessária
para manter o eugenol hidratado e também para formar Zn(OH)2,
o qual é a fonte de ions de zinco.
GROSSMAN37 (1982) relatou a influência das resinas vegetais
sobre o tempo de endurecimento do seu cimento. Determinado o pH de três
resinas naturais puras e três hidrogenadas (Amend®,
Hakusui®, Penresina®, Primavera®,
Staybelite® e WW), concluiu que as resinas, por serem ácidas,
fornecem hidrogênio ao meio acelerando o tempo de endurecimento,
dando boa consistência e bom escoamento. O autor vai além
e afirma que quanto menor o pH da resina utilizada, mais rápido
o cimento endurece.
BRANSTETTER & FRAUNHOFER10 (1982) publicaram um trabalho
de revisão da literatura pertinente às propriedades físicas
e ação seladora dos cimentos endodônticos. Ao tecerem
comentários sobre a adesividade, os autores comentaram que os testes
existentes para determiná-la são extremamente imprecisos
em todos os aspectos. Os autores afirmaram que os cimentos que possuem
baixa adesão parecem apresentar resultados clínicos satisfatórios.
ØRSTAVIK61 (1983) realizou importante trabalho onde analisou
o escoamento, tempo de trabalho e resistência à compressão
de vários materiais endodônticos. Os materiais estudados foram:
AH 26®, Diaket®, Endomethasone®,
Estésone®, Eucaryl Poudre®, Forfénan®,
Formocresol®, Formule G. Ivanhoff®, Kerr's
pulp canal sealer®, Kloroperka N-0®, Kri
1 paste®, Merpasone®, Mynol C-T®,
N2 Normal®, n2 Universal®, Procosolr, Propylor®,
Pulp-dent root canal sealer®, Roth 811®,
Traitemente SPAD®, Tubliseal® e Zinc oxide-eugenol.
Dentre as conclusões do autor, destaca-se que a propriedade de escoamento
dos cimentos obturadores do canal radicular variou grandemente, sendo,
para várias marcas, altamente dependente da proporção
pó-líquido do material manipulado. Os resultados apontaram
a necessidade dos fabricantes fornecerem uma proporção pó-líquido
ótima para o uso clínico dos materiais estudados.
Neste mesmo ano, ØRSTAVIK62 (1983) estudou a perda de
peso de dez materiais endodônticos, empregando a metodologia proposta
pelo documento ISO. Essa metodologia, com modificações apenas
no tempo em que o corpo de prova permanecia imerso na água, estendendo-o
para uma semana, seria adotada pela Especificação 57 da American
Dental Association2 (1983).
ZYTKIEVITZ et al.96 (1985) estudaram o escoamento e o tempo
de endurecimento inicial e final dos seguintes cimentos: N-Rickert, Trim
Canal®, Alpha Canal®, Endomethasone®,
Óxido de zinco e eugenol e AH26®. Os autores obtiveram
como resultado que o óxido de zinco e eugenol apresentou menor escoamento
e maior tempo de endurecimento, seguido pelo AH26®.
HYDE44 (1986) estudou o escoamento, tempo de trabalho, tempo
de endurecimento, pH, solubilidade, adesividade e radiopacidade de alguns
cimentos obturadores de canais radiculares: Sealapex®, CRCS®,
Tubliseal® e Roth 801®. Os testes foram realizados
segundo a especificação 57 da American Dental Association.
Verificou-se que os cimentos que continham hidróxido de cálcio
nas suas fórmulas (Sealapex® e CRCS®)
provocaram aumento significante do pH da água que os continha, ocorrendo
o oposto com os cimentos à base de óxido de zinco e eugenol.
Os cimentos à base de hidróxido de cálcio são
mais solúveis e passíveis de desintegração
do que os cimentos que seguem a fórmula proposta por GROSSMAN35
(1974). O autor encontrou como resultado maior adesividade do cimento CRCS®
do que do cimento Sealapex®.
DE DEUS19 (1986) salientou que as fórmulas de cimentos
à base de óxido de zinco e eugenol para obturação
de canais radiculares sofrem variações no tempo de endurecimento
em função da manipulação, da temperatura, da
umidade relativa do ar e da proporção pó/líquido.
WENNBERG & ØRSTAVIK93 (1990) estudaram a adesividade
dos cimentos: AH26®, CRCS®, Diaket®,
Hartskloroform (5%)®, Kloroperka N-0®, ProcoSol®,
Sealapex® e Tubliseal®, aplicando-os como
uma fina camada entre a dentina radicular e a guta-percha. A conclusão
a que chegaram foi a de que o AH26 apresentou a melhor adesão e
o Sealapex a pior, além do que os autores afirmam que, com a aplicação
prévia de EDTA na dentina, melhorava a adesividade.
SAVIOLI73 (1992), seguindo a especificação de
número 57 da American Dental Association, estudou as alterações
provocadas nas propriedades físicas de alguns cimentos de Grossman
com fórmulas diferentes em relação a cada um dos componentes
químicos do pó. O experimento consistia em aviar as fórmulas
dos cimentos componente a componente estudando-se concomitantemente suas
interferências nas propriedades físicas, até que se
testasse a fórmula original proposta por GROSSMAN35 em
1974. O autor concluiu que a resina natural acelerava o tempo de endurecimento
e também aumentava o escoamento e a expansão do cimento.
O tetraborato de sódio anidro aumentou a solubilidade e desintegração.
O subcarbonato de bismuto agiu como agente radiopaco além de diminuir
a alteração dimensional assim como a solubilidade e melhorar
o escoamento e espessura do filme, mostrando-se assim superior ao sulfato
de bário. Os cimentos com propriedades fisico-químicas que
se enquadraram à norma 57 da American Dental Association
continham apenas o subcarbonato de bismuto e/ou o sulfato de bário
como agentes radiopacoificantes, desde que em proporções
iguais, no caso do cimento que continha ambos.
A mesma conclusão obteve SILVA78 (1992), quando estudou
o escoamento e a radiopacidade dos cimentos do tipo Grossman de marca comercial
FORP-USP®, Grosscanal®, Fillcanal®,
Endofilll® e Inodon®. Já ao estudar,
neste mesmo experimento, a espessura do filme, o cimento de marca comercial
Inodon® não se enquadrou à especificação
de número 57 da American Dental Association. Em relação
à propriedade de solubilidade, todos os cimentos se apresentaram
fora do valor aceito pela especificação 57.
FIDEL20 (1993) testou a adesividade de alguns cimentos obturadores,
entre eles: Sealer 26®, CRCS®, Sealapex®,
Apexit®, Pr-Sealer® e FillCanal®,
seguindo o método de Grossman proposto em 1976. Os resultados obtidos
mostraram que o Sealapex® apresentou a menor adesividade
e o Sealer 26®, a maior.
SOUSA NETO85 (1994) analisou o efeito da adição
de óleos vegetais (amêndoas doces, soja, milho e rícino)
ao eugenol sobre as seguintes propriedades físico-químicas:
escoamento, tempo de trabalho, tempo de endurecimento, estabilidade dimensional,
solubilidade e desintegração, espessura do filme e adesividade.
Os experimentos foram realizados de acordo com a especificação
57 da American Dental Association, com exceção do
teste de adesividade. A adição de óleos vegetais ao
eugenol na proporção de 5 de eugenol para 1 de óleo
vegetal, ao misturar-se com o pó do cimento do tipo Grossman, dá
como resultado cimentos que apresentam valores de escoamento, tempo de
trabalho, tempo de endurecimento, espessura do filme, solubilidade e desintegração
que não se enquadram no estabelecido pela especificação
57 da American Dental Association. No que concerne à adesão,
observou-se que a adição de óleos vegetais ao eugenol
reduz a capacidade de adesão do cimento do tipo Grossman à
dentina.
SILVA et al.80 (1994), também usando a especificação
57 da American Dental Association, estudaram a estabilidade dimensional,
a solubilidade e desintegração e radiopacidade dos cimentos
de Grossman de marcas comerciais FORP-USP®, Grossman®,
Fillcanal® e Inodon®. Quando avaliadas a
expansão e a solubilidade, todos os cimentos foram reprovados. O
contrário aconteceu com o estudo da radiopacidade, em que todos
estavam dentro das normas.
SAVIOLI et al.75 (1994) estudaram a influência dos componentes
químicos do cimento de Grossman em relação ao escoamento,
o tempo de endurecimento e espessura do filme. Os autores verificaram que
a resina natural acelerava o tempo de endurecimento, era a responsável
pelo escoamento e impedia o tetraborato de sódio anidro de funcionar
como retardador da reação química entre o óxido
de zinco e o eugenol, o qual apenas conseguiu exercer tal função
quando na ausência desta resina. Os autores estipularam que, para
se obter a espessura preconizada pela especificação 57 da
American
Dental Association, a proporção de mistura óxido
de zinco e a resina natural era de 100 para 65.
FIDEL et al.22 (1994) estudaram a solubilidade e desintegração
dos cimentos de marca comercial Sealer 26®, Apexit®,
CRCS® e Sealapex®, os quais se mostraram
ser menos solúveis nesta mesma ordem apresentada.
SILVA et al.81 (1994), a exemplo de FIDEL et al.22 (1994),
avaliaram os cimentos de marca FORP-USP®, Grossman®,
Fillcanal®, Endofill® e Inodon®
quanto ao tempo de endurecimento e a espessura do filme. Os autores conseguiram,
ao final, classificar os tempos de endurecimento dos cimentos em muito
curto (Inodon® com 14 minutos) a extremamente longo (Fillcanal®
com 3 horas e 35 minutos). Em relação à espessura,
todos se apresentaram dentro da especificação 57, exceção
feita ao Inodon®, que apresentou valores maiores do que
os exigidos (70 micrômetros contra valores menores que 50 micrômetros
como exigência máxima).
SILVA et al.82 (1995) continuaram seu estudo citado anteriormente
com os mesmos cimentos ora utilizados, só que analisando o escoamento
e o tempo de trabalho. Todos os cimentos apresentaram resultados satisfatórios
em relação à ambos os testes segundo a American
Dental Association.
SAVIOLI et al.76 (1995) continuaram os estudos da influência
de cada componente químico do cimento de Grossman sobre as suas
propriedades. Os autores, neste momento, analisaram a relação
pó/líquido e o tempo de espatulação. Como das
outras vezes, foram aviados 7 cimentos cujas fórmulas eram diferentes
e cada componente era acrescentado ao óxido de zinco puro. Os autores
estipularam grandezas diretamente proporcionais ao tempo de espatulação,
consistência e quantidade de pó utilizada e grandezas inversamente
proporcionais ao tempo de espatulação e a quantidade de óxido
de zinco presente nas fórmulas.
FIDEL et al.23 (1995) estudaram os cimentos Sealer 26®,
Apexit®, CRCS® e Sealapex®,
todos com hidróxido de cálcio em suas fórmulas, e
determinaram o pH de todos eles após ficarem submersos os corpos
de prova em 50 ml de água destilada e deionizada. Os autores encontraram
pH alcalino para todos os cimentos testados.
Ainda neste mesmo ano, 1995, FIDEL et al.24, usando os cimentos
citados no parágrafo acima mais o PR-Sealer®, analisaram
as suas alterações dimensionais e obtiveram como resultado
ligeira expansão de todos os cimentos, exceção feita
ao Sealapex®, o qual não resistiu ao experimento
e sofreu desintegração total do corpo de prova.
Usando os cimentos de nome comercial Apexit®, Sealapex®,
CRCS® e Sealer26®, FIDEL et al.25
(1995) analisaram o tempo de endurecimento desses materiais. O resultado
obtido foi de 23 minutos para o CRCS®, 1 hora e 30 minutos
para o Apexit®, 41 horas e 22 minutos para o Sealer 26®
e 45 horas e 34 minutos para o Sealapex®.
WEIGER et al.90 (1995) estudaram a adesão do cimento
à base de iônomero de vidro à dentina radicular humana
após o tratamento da superfície dentinária. Várias
soluções condicionadoras foram usadas, dentre elas o EDTA.
Os autores usaram a Maquina Universal de Ensaios para avaliar a adesividade.
O tratamento prévio da superfície dentinária com EDTA
foi eficiente em proporcionar maior adesão dos cimentos testados.
SILVA79 (1996) testou a adesividade de alguns cimentos obturadores
dos canais radiculares, entre eles: Endométhasone®,
Endométhasone Ivory®, Fillcanal® e
N-Rickert. Também foi testado o uso prévio de EDTA e sua
influência na adesividade. Como resultado, o cimento que apresentou
maior adesividade, sem a aplicação de EDTA, foi o Fillcanal®
seguido do N-Rickert, Endométhasone® e Endométhasone
Ivory®. O autor não observou significante alteração
após a aplicação do EDTA, exceção feita
ao uso do cimento Endométhasone Yvory®, que apresentou
resultados estatisticamente significantes ao nível de 5% quando
aplicado previamente o EDTA.
SOUSA NETO86 (1997) estudou a influência dos diferentes
tipos de breus e resinas hidrogenadas sobre as propriedades físico-químicas
dos cimentos. O autor usou em seu estudo a resina Staybelite éster
10, resina Staybelite, breu tipo WW, breu tipo X e breu tipo WG. Em relação
à sua adesividade, o autor concluiu que os breus conferem aos cimentos
maior capacidade de adesão do que as resinas hidrogenadas. Assim,
dos cimentos de maior adesividade para os de menor, encontrou aqueles que
tinhas em suas composições: breu tipo WG, tipo X, tipo WW,
resina Staybelite e Staybelite 10.
PÉCORA et al.65 (1997), usando a especificação
no. 57 da American Dental Association, estudaram a influência
do tamanho das partículas do pó sobre o escoamento dos cimentos
de Grossman. Os autores utilizaram cimentos a partir da fórmula
proposta por GROSSMAN35 (1974) e tamisados nas malhas 60, 100
e 150. Os autores obtiveram como resultado que o cimento com escoamento
de 39 mm e com diferença estatisticamente significante a nível
de 5% dos demais foi o de malha 150 (partículas menores com 0,105
mm), seguido dos dois outros cimentos que apresentaram valor de escoamento
de 37 mm e sem diferença estatisticamente significante entre si.
Com esses resultados, os autores concluíram que todos os cimentos
de Grossman utilizados, apesar da diferença de tamanhos das partículas,
apresentaram escoamento aceitável e compatível com a especificação
no. 57 da American Dental Association.
ONO K. & MATSUMOTO K.59 (1998) estudaram o novo cimento
CH61® em suas propriedades de selamento, fluidez, radiopacidade,
tempo de trabalho e solubilidade. Este cimento foi comparado com os cimentos
de marcas comerciais Canals®, Sealapex® e
AH26®. Os autores concluíram que o CH61®
é um cimento de excelentes propriedades de selamento e baixa solubilidade.
ANUSAVICE3 (1998) publicou que a resistência do cimento
de óxido de zinco e eugenol é inversamente proporcional ao
tamanho da partícula do pó.
PÉCORA et al.66 (1998) também estudaram a influência
do tamanho das partículas do pó do cimento de Grossman sobre
o tempo de endurecimento. Os autores seguiram a especificação
no. 57 da American Dental Association e utilizaram cimentos cujas
fórmulas foram propostas por GROSSMAN35 (1974), porém
tamisados em malhas 60, 100 e 150. Foi obtido como resultado que os cimentos
de malha 60 e 100 não apresentaram diferença estatisticamente
significante em relação ao seus respectivos tempos de endurecimento.
Porém, o cimento de malha 150 apresentou o maior tempo de endurecimento
e com diferença estatisticamente significante ao nível de
5%.
SILVA (1999) - comunicação pessoal - estudou a influência
do tamanho das partículas do pó do cimento de Grossman sobre
a solubilidade e desintegração. O autor usou cimentos tamisados
com malhas 60, 100 e 150 e, no final de seu estudo, não encontrou
diferença estatisticamente significante em tais propriedades.
Ainda neste mesmo ano, SOUSA NETO87 (1999) estudou o efeito
da aplicação do laser Er:YAG sobre a adesividade dos cimentos
obturadores de canais radiculares. O autor estudou "in vitro" 4 cimentos
endodônticos diferentes; Grossman®, Endométhasone®,
N-Rickert e Sealer 26® colocados sobre a dentina humana
previamente tratada com soro fisiológico e com laser Er:YAG. O autor
obteve como resultado que, para os cimentos à base de óxido
de zinco, não houve diferença estatisticamente significante,
já o cimento Sealer 26® apresentou maior adesividade
com a aplicação do laser Er:YAG.
CUSSIOLI18 (1999) estudou "in vitro" o efeito da aplicação
do laser Er:YAG e da solução de EDTA nas superfícies
dentinárias sobre a adesividade de diferentes cimentos endodônticos
à base de resina epóxica. Nesse trabalho, um cimento do tipo
Grossman foi utilizado como controle. O autor observou que os cimentos
à base de resina epóxica aderem à dentina de modo
muito superior que o cimento do tipo Grossman e que a ação
da solução de EDTA e a aplicação do laser Er:YAG
promove aumento da adesividade dos cimentos obturadores de canais radiculares
à dentina.
A revista da literatura evidencia que poucos trabalhos foram realizados
para verificar a adesividade dos cimentos obturadores de canais radiculares,
e no que diz respeito ao cimento do tipo Grossman, faz-se necessário
investigar o efeito dos tamanhos das partículas do breu (resina
natural) do cimentos de Grossman sobre a sua adesividade à dentina
humana.
O objetivo do presente trabalho consiste em analisar a influência de diferentes tamanhos das partículas do breu tipo WG, usado na preparação de cimentos do tipo Grossman, sobre a sua adesividade à dentina humana.
Para a realização deste trabalho, todas as condições
ambientais exigidas pela especificação 57 da American
Dental Association, 23 0C (± 2 oC) de
temperatura e 50 % (± 5) de umidade relativa do ar foram obedecidas,
conseguidas e mantidas por meio de um ar condicionado, totalizando 57000
BTUs, e um aparelho desumidificador de marca Incoth.
Para aferir tais condições, usou-se um termômetro marca
Incotherm, de procedência nacional, e um higrômetro de marca
Harr Sunth, de procedência alemã.
4.1.
Preparo do breu utilizado
O breu (resina natural) utilizado neste experimento foi do tipo WG da marca
Madeitex, de procedência nacional. O breu foi submetido à
trituração em gral e pistilo de porcelana e, a seguir, tamisado
em tamis de malha 60, 100 e 150.
Procedeu-se à tamisação até obter a quantidade
de 50 gramas de breu de cada malha, o suficiente para o aviamento dos cimentos
utilizados neste trabalho, de acordo com a fórmula proposta por
GROSSMAN35 (1974).
A Tabela I ilustra as substâncias químicas utilizadas no aviamento
dos cimentos do tipo Grossman, e a Figura 1
mostra as embalagens originais dos produtos.
Tabela
I. Substâncias químicas utilizadas no preparo do pó
do cimento tipo Grossman.
Material |
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Óxido de Zinco PA |
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Tetraborato de Sódio |
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Subcarbonato de Bismuto |
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Sulfato de Bário |
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Breu WG |
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Figura 1. Componentes usados na obtenção do pó do cimento de Grossman.
A Figura 2 ilustra os tamises com diferentes tipos de tamanho das malhas.
Para se obter o tetraborato de sódio anidro, realizou-se a desidratação
do tetraborato de sódio decahidratado em um forno marca Ney-Baskmeyer,
de procedência nacional, à 320 graus durante 1 hora, de acordo
com o "The Merck Index"50 (1983).
O tetraborato de sódio anidro foi triturado em gral e pistilo de
porcelana até se obter um pó extra-fino, que passava sem
qualquer esforço adicional pelo tamis 150.
A seguir, com todas as substâncias químicas disponíveis,
passou-se ao aviamento de três cimentos de acordo com a fórmula
proposta por GROSSMAN35 (1974), cuja diferença era apenas
a malha do breu utilizado.
A fórmula do pó do cimento proposta por GROSSMAN35
(1974) é a seguinte: 42 gramas de óxido de zinco, 27 gramas
de breu, 15 gramas de subcarbonato de bismuto, 15 gramas de sulfato de
bário e 1 grama de tetraborato de sódio anidro.
Para a pesagem dos componentes do pó do cimento, utilizou-se uma
balança eletrônica da marca CG Libror 3200-H, de procedência
nacional.
Após cada aviamento, o pó do cimento era colocado em um misturador
de pó, que tem o formato da letra "Y", dotado de eixo de rotação.
Esse conjunto era acionado por 10 minutos para a completa homogeneização
dos componentes químicos do pó.
A seguir, os diferentes tipos de pó foram embalados em recipientes
de plástico dotados de tampa rosqueável a fim de evitar o
contato com a umidade relativa do ar. Esses recipientes foram rotulados
de acordo com a malha do breu utilizado
Uma vez obtidos os cimentos, procedeu-se ao estudo da relação
pó/líquido para padronizá-la e, desse modo, minimizar
ou eliminar a sua interferência no estudo.
4.2. Determinação da relação pó-líquido dos cimentos testados
Antes da realização do teste de adesividade, foi determinada
a relação pó/líquido das diferentes malhas
e seus respectivos tempos de espatulação para padronização
do experimento.
Foram colocadas sobre uma das extremidades de uma placa de vidro de 20
mm, lisa e limpa, 2,0 gramas de pó de cimento e, sobre a outra,
com a ajuda de uma pipeta graduada, foram colocados 0,2 ml do líquido
de eugenol (Metaldent®).
Esta quantidade para a mistura foi escolhida por permitir acomodação
segura dos componentes do cimento por sobre a placa de vidro, evitando
assim possíveis perdas do material e alteração nos
resultados.
Seguindo-se as instruções para a correta manipulação
do produto recomendada pelo próprio GROSSMAN35 (1974),
o pó foi incorporado ao líquido muito lentamente com a ajuda
de uma espátula metálica flexível número 24,
seguindo-se de vigorosa espatulação até que a consistência
do cimento obtido com a mistura fosse tal que, ao levantar a espátula,
o cimento a ela aderido demorava de 10 a 15 segundos para cair (Figura
3) formando um "fio" de cimento de, pelo menos, uma polegada entre
a placa de vidro e a superfície plana da espátula (Figura
4), "fio" este que demorava a se romper, unindo assim a massa de cimento
que se encontrava na espátula à massa de cimento que estava
sobre a placa de vidro. Este sinal prático determina a consistência
do cimento preconizada pelo autor.
Figura 3. Consistência ideal, segundo GROSSMAN35 (1974), do cimento após a espatulação.
Figura 4. Fio de cimento entre a placa de vidro e a superfície plana da espátula.
O tempo de espatulação foi marcado com a ajuda de um cronômetro
digital. A partir desse momento, pesou-se a quantidade de pó restante
sobre a placa e subtraiu-se da quantidade inicial, obtendo assim a quantidade
de pó necessária para se obter o cimento com 0,2 ml de eugenol
e, concomitantemente, o tempo de espatulação.
Foram feitas 5 repetições para cada cimento testado, obtido
a partir das diferentes malhas. Depois obteve-se a média aritmética
desses valores que significou a quantidade de pó que seria espatulada
com 0,2 ml de eugenol, e que foi obedecida durante a realização
do experimento.
4.3. Teste de adesividade
Foram utilizados 15 dentes caninos humanos superiores de estoque. Estes
dentes foram seccionados no sentido longitudinal a fim de se obter uma
hemisecção do dente (Figura 5 B).
Para a realização do teste de adesividade, foram confeccionados
cilindros de alumínio de 10 milímetros de comprimento por
6,0 milímetros de diâmetro interno, com uma alça lateral
de fio de aço inoxidável (Figura 5 A).
Os cilindros, então preparados, foram fixados sobre a dentina com
cera utilidade para facilitar o seu preenchimento pelo cimento a ser testado.
Após o preenchimento do cilindro com o cimento espatulado, todo
o conjunto foi colocado na estufa a 37 graus centígrados e umidade
relativa de 95% por um tempo superior a três vezes o seu tempo de
endurecimento, determinado por PÉCORA et al.66 (1998).
Um acessório em aço inoxidável foi confeccionado para
servir de base e prender o corpo de prova à Máquina Universal
de Ensaios (Figura 5 C).
Figura 5. A) cilindros de alumínio. B) Dentes caninos humanos seccionados e fixados em base acrílica. C) Acessório em aço inoxidável (base).
Decorrido o tempo exigido, o conjunto (Figura 6) foi levado à Máquina Universal de Ensaios Men 2000 (Figura 7), dotada de célula de carga acoplada ao sistema oscilante e sistema de garra (Figura 8). Na garra, foi preso um dispositivo com o objetivo de prender na alça do cilindro que continha o cimento obturador para realizar o ensaio de tração dos corpos de provas confeccionados (Figura 9).
Figura 6. Conjunto montado para ser levado à Maquina Universal de Ensaios.
Figura 7. Visor da Máquina Universal de Ensaios.
Figura 8. Sistema de carga, garra e corpo de prova.
Figura 9. Garra adaptada à alça do cilindro.
O teste de adesividade foi realizado com o corpo de prova colocado em posição
na Máquina Universal de Ensaios que foi acionada com velocidade
constante de 1 mm/min, até que o cilindro com o cimento se
destacasse do dente (Figura 10).
A força em Kgf necessária para o rompimento do conjunto (cilindro
com material e a dentina) foi anotada.
Figura 10. Cilindro preenchido de cimento destacado da dentina por ação da Máquina Universal de Ensaios.
Como 1 Kgf eqüivale a 9,807 N, os valores em Kgf foram multiplicados
por este valor para serem expressos em Newtons (N) com intuito de expressar
as unidades no Sistema Internacional de medidas.
Para que os valores pudessem ser expressos em Mega Pascal (MPa) e favorecesse,
assim, a comparação dos resultados (SOUSA NETO86,
1997), em um primeiro momento foi necessária a transformação
dos resultados em Pascal (N/m2). Para isso, tomaram-se os valores
em Newtons e a área do cilindro (que se apresentava sempre constante
e igual a 2,827.10-05) e aplicou-se a fórmula de tensão
de tração: .
Os resultados obtidos em Pascal (Pa) foram multiplicados por 10-6
para a transformação em Mega Pascal (MPa).
Os resultados dos testes preliminares da relação pó/líquido e seus respectivos tempos de espatulação encontram expressos na Tabela II.
Tabela
II. Valores da relação pó/líquido e tempo de
espatulação obtidos em cinco repetições para
cada cimento testado.
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de líquido |
(g) |
(s) |
(s) |
||||||||
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Malha 60 |
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Malha 100 |
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Malha 150 |
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Os dados de adesividade (tensão de tração) desse trabalho consistiram em 15 valores numéricos, correspondentes à adesão (tensão de tração em MPa) de três cimentos endodônticos à dentina humana. Esses valores, originaram-se do produto fatorial 3 cimentos x 1 tratamento (malha do tamis) x 5 repetições (dentes): 3 x 1 x 5 = 15, os quais podem ser vistos na Tabela III.
Tabela
III. Valores de tensão de tração necessários
para o rompimento do conjunto expressos em Mega Pascal (MPa).
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De posse desses resultados, realizaram-se testes preliminares com o propósito de verificar a normalidade e a homocedasticidade da distribuição amostral, a fim de decidir sobre que tipo de estatística deveria ser empregada, paramétrica ou não paramétrica. Os testes preliminares compreendem cinco etapas, as quais podem ser vistas a seguir.
5.1. Parâmetros amostrais
Realizou-se inicialmente o cálculo dos parâmetros amostrais que podem ser visualizados na Tabela IV.
Tabela
IV. Cálculo dos parâmetros amostrais.
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Dados acima da média |
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Pela observação da Tabela IV, nota-se que houve quantidades iguais de dados situados no intervalo de classe à que pertence a média amostral, e em torno da média (5 dados abaixo da média e 5 acima da média). Esses parâmetros falam em favor de uma distribuição normal.
5.2. Distribuição de freqüências
Pode-se ver, na Tabela V, que a distribuição das freqüências absolutas por intervalo de classe apresenta tendência central: 0, 0, 5, 5, 4, 1, 1.
Tabela V. Distribuição das freqüências. Valores originais.
A. Freqüências por intervalos de classe: | |||||||
Intervalos de classe |
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Freqüências absolutas |
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Em valores percentuais |
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B. Freqüências acumuladas: | |||||||
Intervalos de classe |
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Freqüências absolutas |
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Em valores percentuais: |
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O gráfico da Figura 11 foi traçado a partir dos percentuais
acumulados de freqüência, que constam na Tabela V.
Figura
11. Sobreposição das curvas dos percentuais acumulados de
freqüência relativas às curvas experimental e normal
matemática.
Esse gráfico registra duas linhas superpostas, uma correspondente
à curva normal matemática e a outra à curva experimental.
O grau de aderência entre a curva normal matemática e a curva
experimental é avaliado pela maneira como as linhas se ajustam.
A discrepância entre elas traduz pequena possibilidade de a distribuição
amostral testada ser normal.
5.3. Histograma da distribuição amostral
A Figura 12 mostra o histograma das freqüências dos dados originais.
Nessa figura, observa-se que a distribuição dos dados experimentais
apresenta pouca simetria em relação à média,
com números equivalentes abaixo e acima dela, porém desiguais
nos intervalos de classe. Essa distribuição mostra pouca
probabilidade da distribuição ser normal.
A Tabela VI mostra os resultados do teste de aderência à curva normal. Verifica-se que a probabilidade de a distribuição experimental ser normal é de 3,32%.
Tabela VI. Teste de aderência à curva normal: Valores originais.
A. Freqüências por intervalos de classe: | |||||||
Intervalos de classe |
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Curva normal |
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Curva experimental |
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B. Cálculo do Qui quadrado | |||||||
Graus de liberdade | 4 |
A distribuição amostral testada não é normal |
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Valor do Qui quadrado | 10,47 | ||||||
Probabilidade de Ho | 3,32% |
5.5. Teste de Homogeneidade de Cochran
Este teste compara a maior variância, individualmente considerada,
contra a soma de todas as variâncias envolvidas na amostra.
O valor calculado resulta da divisão da variância maior pela
soma das variâncias utilizadas no estudo estatístico. A Tabela
VII exibe o resultado do teste de Cochran.
Tabela
VII. Teste de homogeneidade de Cochran.
Parâmetros |
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Número de variâncias testadas |
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Número de graus de liberdade |
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Variância maior |
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Soma das variâncias |
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Valor calculado pelo teste |
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Valor crítico tabelado para 1% |
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Valor crítico tabelado para 5% |
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A interpretação desse teste é peculiar porque nele
é de interesse que o valor calculado seja menor do que o valor crítico
tabelado, pois é exatamente isso que indica que as variâncias
são homogêneas.
Comparando-se o valor calculado pelo teste de Cochran (0,4730) com os valores
críticos (0,8335 e 0,7457 para os níveis de significância
de 1% e 5% respectivamente), constatou-se que a as variâncias envolvidas
no experimento eram homogêneas.
Tendo em vista a não-normalidade da distribuição dos
erros experimentais, optou-se pelo teste de comparações múltiplas
não-paramétrico de Kruskal-Wallis.
Esse teste evidenciou um valor H de Kruskal-Wallis igual a 7,8238, um valor
de X2, para 2 graus de liberdade de 7,82 e probabilidade de
H0 igual a 2,00%. Essa probabilidade de H0 indica significância de
5%.
Realizou-se, também, as comparações duas a duas das
amostras que podem ser vistas na Tabela VII.
Tabela
VII. Comparações duas a duas das amostras.
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Malha 60 X Malha 100 |
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Malha 60 X Malha 150 |
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Malha 100 X Malha 150 |
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Assim, pela análise da Tabela VII, observa-se que houve diferença
estatisticamente significante ao nível de 5% entre os cimentos aviados
com breu de malhas 60 e 100, diferença estatística significante
entre os cimentos aviados com breu tamisado com as malhas 60 e 150 e diferença
estatisticamente não-significante entre os cimentos preparados com
breu de malhas 100 e 150.
O resultado do teste de Kruskal-Wallis permite afirmar que o cimento do
tipo Grossman aviado com breu tamisado na malha 60 apresenta maior capacidade
de adesão à dentina do que os cimentos do tipo Grossman aviados
com breu na malha 100 e 150 e esses são estatisticamente semelhantes
entre si.
O gráfico da Figura 13 mostra as médias aritméticas
dos valores originais (dados em Mega Pascal).
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Figura
13. Médias aritméticas dos valores originais de tensão
de tração dos componentes do fator de variação
malhas do tamis.
A adesividade é uma propriedade que os cimentos obturadores de canais
radiculares deve possuir para permitir maior união entre os cones
de guta-percha e entre este material e a dentina das paredes dos canais
radiculares.
Quanto maior for a adesão entre o cimento obturador e as paredes
dos canais radiculares, menor será a interface dentina/material.
A Especificação 57 da American Dental Association2
(1983) não cita um método para o estudo da adesividade porque,
naquela época, não havia consenso sobre a metodologia que
melhor se adaptava ao estudo dessa propriedade.
O método proposto por GROSSMAN36 (1976) consistia na
utilização de uma máquina simples, de fácil
confecção. Este método foi seguido por FIDEL20
(1993), SOUSA NETO85 (1994) e SILVA79 (1996).
ØRSTAVIK61 (1983) propôs a utilização
da Máquina Universal de Ensaios para o estudo dessa propriedade.
Assim, a adesividade dos cimentos obturadores de canais radiculares é
calculada com base na força de tração exercida sobre
o corpo de prova e a única diferença entre ela e a tração
é o sentido da força. Esse método foi seguido por
HYDE44 (1986), WEINNBERG & ØRSTAVIK93
(1990), SOUSA NETO86,87 (1997 e 1999) e CUSSIOLI18
(1999).
Neste trabalho, utilizou-se uma Máquina Universal de Ensaios para
o estudo da adesão por ser uma metodologia mais aceita na atualidade,
ser mais precisa e obter dados que podem ser universalmente comparados.
A escolha do breu tipo WG foi motivada pelo trabalho de SOUSA NETO86
(1997), que investigou a influência de diferentes tipos de breus
e resinas hidrogenadas sobre as propriedades físico-químicas
do cimento obturador de canais radiculares do tipo Grossman. Esse autor
verificou que o breu tipo WG possibilitou a obtenção de cimento
com maior capacidade de adesão que os cimentos obtidos com os breus
do tipo WW e Tipo X.
Neste estudo, o breu tipo WG foi tamisado nas malhas 60, 100 e 150, pois
alguns trabalhos estudaram o efeito dessa tamisação sobre
as propriedades físico-químicas do cimento tipo Grossman
(PÉCORA et al.65,66, 1997 e 1998; e SILVA, 1999*).
Com base no estudo do tamanho das partículas dos pós dos
cimentos, os pesquisadores (NORMAN et al.56, 1964; COLEMAN &
KIRK17, 1965 e FRAGOLA et al.27, 1979) observaram
que, quanto maior a partícula do pó, maior era o tempo de
endurecimento e a desintegração dos cimentos testados.
Os resultados do presente trabalho evidenciaram que os cimentos obturadores
de canais radiculares aviados com breu tipo WG de malha 60 apresentaram-se
estatisticamente com maior adesividade do que os cimentos aviados com breu
WG de malha 100 e 150 ,e estes dois últimos são estatisticamente
semelhantes entre si (Tabela VII).
Sabe-se, com base nos trabalhos do próprio GROSSMAN36
(1976), McCOMB & SMITH48 (1976), FIDEL20 (1993),
SOUSA NETO87 (1999) e CUSSIOLI18 (1999), que o cimento
proposto por GROSMAN35 (1974) apresenta baixa adesividade.
A adesividade do cimento tipo Grossman é dada somente pelo breu
presente em sua formulação, pois os demais componentes não
apresentam propriedades adesivas.
A adesão do breu às paredes da dentina radicular é
dada por uma ligação eletrostática. Assim, cumpre
reforçar as explicações de SOUSA NETO87
(1999) e CUSSIOLI18 (1999), de que a adesão do cimento
tipo Grossman à dentina é estabelecida por ligações
eletrostáticas e não pelo embricamento mecânico desse
cimento nos canalículos dentinários.
Cumpre salientar que o eugenol, ao entrar em contato com o breu de malha
60, dissolve-o de modo a formar uma pasta mais viscosa do que ao dissolver
os breus de malha 100 e 150. Assim, quanto mais viscosa a pasta formada,
maior a camada de breu e, portanto, maior a carga eletrostática
por unidade de área. Isso também é reforçado
pela maior incorporação do pó ao eugenol, conforme
se verifica na Tabela II.
Este fato parece explicar o fato de o cimento preparado com breu malha
60 apresentar-se com maior valor de adesividade que os cimentos preparados
com o breu nas malhas 100 e 150.
Este trabalho abre novas perspectivas de investigações, pois
deve-se procurar uma formulação capaz de fornecer maior adesividade
aos cimentos obturadores de canais radiculares à base de óxido
de zinco e eugenol.
Com base na metodologia empregada e nos resultados obtidos, é lícito concluir que:
1- O cimento de Grossman preparado com breu tipo WG tamisado na malha 60 apresentou maior valor de adesividade que os preparados com as malhas 100 e 150.
2-
Os cimentos de Grossman preparados com breu tipo WG nas malhas 100 e 150
apresentaram valores de adesão estatisticamente semelhantes entre
si.
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