FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

ESTUDO "IN VITRO" DA CAPACIDADE DE SELAMENTO MARGINAL APICAL PROMOVIDO POR TRÊS TÉCNICAS DE OBTURAÇÃO DE CANAIS RADICULARES

 
JOSÉ ANTONIO BRUFATO FERRAZ
amachado@ml.com.br
Orientador: Prof. Dr. Paulo César Saquy
saqyuy@usp.br
Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, para a obtenção do grau de Mestre em Odontologia, na área de Odontologia Restauradora, Subárea de Endodontia. 1999, 112p.
Este trabalho de pesquisa foi realizado no Laboratório de Pesquisa em Endodontia do Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
 
 
RESUMO | SUMMARY | INTRODUÇÃO | REVISÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO |  CONCLUSÕES | REFERÊNCIAS

 
 

RESUMO

Avaliaram-se, por meio de infiltração marginal apical com corante tinta nankin, três técnicas de obturação de canais radiculares, sendo elas: técnica de condensação lateral, técnica de obturação termomecânica (McSpadden, 1979) modificada por Tagger (1984) e a técnica termomecânica com o uso do ultra-som.

Para este trabalho, utilizaram-se 47 dentes caninos superiores humanos de estoque, que foram distribuídos aleatoriamente, de modo a formar três grupos de 15 dentes cada. Utilizou-se um dente para o controle negativo e um para controle positivo.

O cimento obturador de canal Sealer 26® foi utilizado em todos os canais para todas as técnicas estudadas. Cones de guta-percha de cor branca da marca Herpo® foram utilizados para facilitar a visualização do corante.

Após a obturação dos canais radiculares, os dentes foram imersos em tinta nankin e mantidos em um recipiente a 37ºC por um período de 96 horas. Após este, os dentes foram lavados em água corrente e submetidos à descalcificação com ácido clorídrico a 5% e depois lavados novamente e desidratados em bateria de álcool ascendente. A seguir, os dentes foram diafanizados em salicilato de metila.

Obtida a diafanização dos dentes, a infiltração marginal apical foi quantificada por meio do uso de um microscópio de mensuração.

Os resultados obtidos evidenciam que todas as técnicas de obturação de canais radiculares estudadas permitiram infiltração marginal apical de modo estatisticamente semelhantes entre si e que o método de diafanização permite uma visão tridimensional da obturação dos canais radiculares.


INTRODUÇÃO
 

Em todas as áreas da Odontologia têm-se procurado, incansavelmente, explicações para fatos não completamente elucidados, a fim de aprimorar conhecimentos, técnicas e instrumentais relacionados à atividade clínica.

A moderna terapêutica endodôntica segue princípios básicos, calcados em fundamentos científicos bem estruturados, que orientam todas as fases do tratamento. Fases cuja importância torna-se extrema, pois, qualquer descuido em uma delas põe a perder toda a terapêutica.

Muito embora o sucesso do tratamento endodôntico esteja relacionado com a atenção dispensada a cada uma das fases que o compõem, desde a anamnese até a proservação, pode-se afirmar ser a obturação hermética tridimensional do sistema de canais radiculares, indubitavelmente, fundamental. Esta obturação impede a percolação e a microinfiltração do exsudato periapical para o interior do espaço do canal, impedindo a reinfecção e, ainda, cria um ambiente biologicamente favorável para que se processe a cicatrização dos tecidos.

No paradigma endodôntico vigente, a obturação hermética do canal radicular é uma questão que não gera controvérsia. Para que esse fim seja alcançado, faz-se necessário um preparo radicular objetivando a forma cônica, o que possibilita melhor limpeza e facilita a obturação, pois torna a condensação mais eficaz e possibilita uma obturação mais hermética de todo o sistema de canais radiculares.

Inúmeros materiais foram usados e preconizados como obturadores de canais radiculares, tais como: ouro em folha com uma superfície resinada; fosfato tricálcico com eugenol; óxido de zinco e ácido clorídrico; carvão animal pulverizado com iodofórmio; pontas de madeira de laranjeira associadas a uma pasta de iodofórmio e fenol; oxicloreto de zinco e lã mineral; estanho em folha; chumbo em folha coberto com uma pasta de fenol e iodo; pontas de madeira embebidas em bicloreto ou mercúrio a 0,5%; madeira avermelhada (cedro) associada à parafina; partes iguais de óxido de zinco e iodofórmio transformados em pasta com creosoto; pontas de algodão saturadas com óleo de canela ou fenol canforado; iodeto de timol e parafina misturados com ajuda de calor brando; fenil salicilato e bálsamo; amálgama de cobre; pasta de óxido de zinco e eugenol; dentina de cachorro; marfim pulverizado e dentina humana (McELROY , 1955).

No estudo dos materiais utilizados como obturadores de canais radiculares, dois aspectos são considerados: os físico-químicos e a biocompatibilidade. Até o momento não se conseguiu reunir, em um só produto, todas as propriedades almejadas de um material obturador endodôntico, sempre havendo prevalência de algumas propriedades sobre as outras.

GOLDBERG (1982) classificou os materiais obturadores de canais radiculares em dois grupos: a) materiais levados ao interior dos canais radiculares em estado sólido (cones de guta percha e cones de prata) e b) materiais introduzidos no interior dos canais radiculares no estado plástico ( pastas e cimentos).

Dentre os materiais levados ao interior dos canais radiculares no estado sólido, o mais empregado é, até a atualidade, o cone de guta-percha, que apresenta as seguintes vantagens: deixa-se condensar e adaptar-se excelentemente às irregularidades e ao contorno do canal, pelo método de condensação lateral e vertical; pode ser amolecido e plastificado pelo calor ou pelos solventes orgânicos (eucaliptol, clorofórmio, xilol, terebintina); é inerte; tem estabilidade dimensional (quando não alterado por solventes orgânicos não se contrairá); é tolerado pelos tecidos (não alergênica); não altera a cor do dente; é radiopaco; pode ser facilmente removido, se necessário. E como desvantagens: não possui rigidez e não tem adesividade (pode ser deslocado, facilmente, por pressão).

Dentre os materiais que são levados ao interior dos canais radiculares no estado plástico, têm-se as pastas e os cimentos. Inúmeros cimentos obturadores de canais radiculares foram desenvolvidos no decorrer do presente século e eles são classificados de acordo com seu componente químico principal, ou seja, cimentos à base de óxido de zinco e eugenol; à base de hidróxido de cálcio; à base de ionômero de vidro e à base de resinas sintéticas (epóxicas ou acrílicas ).

Como material para obturação mais comumente usado, a guta-percha não sela o canal quando usada isoladamente, porque apesar de possuir grande capacidade de adaptação, ela não possui aderência às paredes do canal radicular. O cimento obturador tem a função de unir os cones de guta-percha entre si e com as paredes do canal, preenchendo as irregularidades e promovendo o selamento.

Vários trabalhos têm demonstrado uma maior eficácia dos cimentos à base de resina epóxi de bis-fenol A em relação aos cimentos à base de óxido de zinco-eugenol, no que concerne à sua adesão (FIDEL, 1994) e à diminuição de infiltração marginal (LIMKANGWALMONGKOL et al., 1991). A superioridade dos cimentos à base de resina epóxi deve-se ao fato de sua penetração nos canalículos dentinários favorecendo um aumento da interação cimento/dentina.

Muito embora a qualidade clínica da obturação do canal radicular possa ser, somente, avaliada por um exame radiográfico, existem vários métodos para avaliação "in vitro" do vedamento apical dos vários materiais e técnicas obturadoras.

Muitas técnicas de obturação têm sido desenvolvidas, especificamente, com o objetivo de aumentar a qualidade do selamento apical da associação guta- percha/cimento obturador. A técnica de condensação lateral da guta-percha é a mais difundida e usada e, ainda servindo de controle quando se deseja avaliar outras novas técnicas ( WU & WESSELINK, 1993 ).

A técnica híbrida (TAGGER et al., 1984) vem sendo muito utilizada na atualidade e consiste na associação da condensação lateral à obturação termomecânica, utilizando-se os compactadores idealizados por McSpadden.

O uso da energia ultra-sônica para a plastificação dos cones de guta-percha é usada na obturação dos canais radiculares e tem sido defendida por MORENO (1977), AMDITIS et al. (1992) e AGUIRRE et al. (1997).

As técnicas de obturação dos canais radiculares por condensação lateral, a termomecânica híbrida de Tagger e a ultra-sônica merecem ser mais investigadas e comparadas para que se possa ter certeza da superioridade de uma sobre a outra.



 

REVISTA DA LITERATURA
 
 

Um número muito grande de pesquisas tem sido realizado na tentativa de responder às seguintes perguntas: a) Como obturar hermeticamente um canal radicular ?; b) Qual o melhor cimento obturador ?; c) Qual a melhor técnica de obturação ? e d) Qual a melhor associação técnica/cimento para se obter o vedamento do canal radicular ?.

Desde há muito tempo, sabe-se que um canal radicular preparado e desinfetado, deve receber uma obturação de modo a isolar o meio interno do externo evitando-se, assim, a contaminação.

BUCKLEY (1929) afirmou que devido à impossibilidade de se esterilizar toda a massa canalicular de dentina, as extremidades internas dos canalículos devem ser hermeticamente seladas, para prevenir a infecção ou reinfecção dos tecidos periapicais, tendo como objetivo da obturação a manutenção da saúde do periápice.

DOW & INGLE (1955), ZERLOTTI (1959), GROSSMAN et al. (1964), INGLE (1965), BONNETTI FILHO et al. (1988), ACETOZE et al. (1992) e SANTOS & BARBOSA (1992) verificaram, por meio do exame radiográfico, que canais obturados de forma deficiente apresentavam alta incidência de insucesso.

No início da década de 70, AINLEY (1970) investigou in vitro, por fluorescência, canais obturados com cones de guta-percha e cimento, através da técnica de condensação lateral, e canais obturados com cones de prata com e sem cimento. O autor obteve medidas similares para todas as técnicas e salientou que a espectroscopia fluorescente - um método técnico analítico quantitativo aplicado para soluções químicas - poderia substituir o uso de radioisótopos.

MORENO (1977) usou um aparelho ultra-sônico produzindo calor para a plastificação da guta-percha, a fim de obter uma condensação melhor. A lima nº 25 era presa ao aparelho e colocada ao lado do cone principal de guta-percha e do cimento, a uma profundidade em torno de 5mm aquém do comprimento de trabalho. O aparelho ultra-sônico era ativado por 3 ou 4 segundos. A energia térmica do ultra-som, que é liberada pelo movimento vibratório da lima ativada, plastifica a guta-percha. Ao remover a lima, deve-se inserir imediatamente o espaçador, a fim de abrir espaço para os cones acessórios. Avaliando a infiltração marginal apical das técnicas de condensação lateral e da ultra-sônica, usando o iodo-131, o autor relatou que a infiltração média para a condensação lateral era de 2mm contra uma infiltração média de 0,6mm para a técnica modificada.

TORABINEJAD et al. (1978) compararam, por meio de microscopia eletrônica de varredura, várias técnicas de obturação de canais radiculares tais como: a) guta-percha termoplastificada injetada com seringa sob pressão; b) técnica de condensação lateral; c) técnica de guta-percha aquecida e d) técnica de plastificação química (kloropercha). Os autores concluíram que essas técnicas apresentavam resultados semelhantes entre si.

ALLISON et al. (1979); BENNER et al.(1981) e WONG et al.( 1982) salientaram que o preparo do canal radicular, objetivando a forma cônica, possibilita melhor limpeza e facilita o ato da obturação, pois torna a condensação mais eficaz, possibilitando um selamento melhor de todo o sistema de canais.

WONG et al. (1981) estudaram, comparativamente, a capacidade de selamento de várias técnicas de obturações em canais artificiais estandartizados e não observaram mudanças volumétricas entre as técnicas de condensação lateral, condensação vertical por aquecimento ou compactação mecânica, por um período de duas semanas. Analisando os resultados estatisticamente, verificaram que a técnica de compactação mecânica era significativamente melhor que a condensação lateral e que a técnica de compactação vertical era melhor que a compactação mecânica. Esses autores também observaram que a técnica de compactação mecânica era mais rápida de ser realizada que as demais.

MOORER & GENET (1982) observaram que a ação antibacteriana presente nos cones de guta-percha era devida ao óxido de zinco presente em suas formulações.

KEREKS & ROWE (1982) avaliaram, comparativamente, a técnica de compactação termomecânica da guta-percha na obturação de canais radiculares com a técnica de condensação lateral. Os autores concluíram que em canais onde se consegue um preparo apical circular, qualquer técnica de obturação tende a apresentar resultados semelhantes mas, em canais que apresentam conformação apical irregular, a técnica de obturação termomecânica apresentou-se superior à de condensação lateral e, ainda, afirmam que maior atenção deveria ser dada à fabricação de compactadores de melhor qualidade, para prevenir a sua fratura no interior dos canais radiculares.

HARRIS et al. (1982) compararam a capacidade selante das técnicas de McSpadden com e sem uso de cimento e a de condensação lateral. Os autores avaliaram a infiltração marginal apical por meio do radioisótopo Ca45. Os autores constataram que a técnica de McSpadden sem cimento apresentou uma infiltração maior do que a técnica de condensação lateral com cimento e que os grupos da técnica de MsSpadden entre si não demonstraram diferença significativa.

O’NEILL et al. (1983) avaliaram o selamento apical produzido pela compactação termomecânica e pela condensação lateral utilizando cones principais amolecidos com clorofórmio, ambas com cimento do tipo Grossman. Eles observaram que os canais obturados com o uso do compactador de McSpadden apresentaram menor infiltração do que aqueles obturados com cones amolecidos por clorofórmio e pela técnica de condensação lateral.

TAGGER et al. (1983) avaliaram a eficácia do selamento apical promovido pela técnica de condensação termomecânica da guta-percha utilizando um novo instrumento rotatório, o Engine Plugger, que é similar a uma lima tipo K invertida. Os autores compararam in vitro canais obturados pela técnica termomecânica e pela técnica de condensação lateral, ambas com e sem cimento. Eles observaram uma maior infiltração marginal apical nos canais obturados sem o uso de cimento obturador sendo que, nos canais obturados com o uso do cimento AH26®, não se observou diferenças estatísticas entre as duas técnicas de obturação.

WHITE et al. (1984) estudaram a influência do "smear layer" sobre a penetração dos materiais plásticos nos canalículos dentinários (pHEMA e silicone) das paredes dos canais radiculares e concluíram que, nas condições estudadas, estes dois materiais são capazes de penetrar na dentina.

TAGGER et al. (1984) avaliaram o selamento marginal apical de canais radiculares obturados com a técnica híbrida (combinação entre a condensação lateral com a compactação mecânica) e com a técnica de condensação lateral. Para verificar a infiltração marginal apical, os autores utilizaram o corante PROCION (verde brilhante) e o método da diafanização. Os resultados obtidos evidenciaram que a técnica híbrida apresentou-se superior à técnica de condensação lateral, em impedir a infiltração marginal apical.

ALEXANDER & GORDON (1985) realizaram, de forma comparativa, um estudo sobre o selamento apical de canais radiculares obturados com dois cimentos obturadores contendo hidróxido de cálcio (CRCS®, Sealapex®) e o cimento de Grossman. Em todos os casos, os autores utilizaram cones de guta-percha e a técnica de condensação lateral. Os autores concluíram que os cimentos Sealapex® e Grossman foram estatisticamente semelhantes entre si quanto à infiltração marginal apical e que o CRCS® permitiu uma infiltração apical muito maior, sendo o pior. Afirmaram os autores que o hidróxido de cálcio pode ser incorporado a um cimento, produzindo um selamento aceitável mas, se ele continuará ainda biologicamente ativo, é uma questão a ser resolvida.

Ainda neste ano, HOVLAND & DUMSHA (1985), estudando a infiltração apical in vitro em canais radiculares obturados com os cimentos Sealapex®, Tubliseal® e Proco-Sol®, concluíram que o uso da guta-percha com cimento previne a infiltração apical. Eles não encontraram diferença significativa na infiltração marginal apical entre os cimentos 1, 7 e 30 dias após a obturação.

ELDEEB (1985), avaliando a técnica de obturação através da injeção e moldagem de guta-percha termoplastificada, observou que a sobreobturação ocorria em 75% dos casos quando se associava à condensação vertical. Esse autor, estudando a infiltração marginal apical, não encontrou diferença estatística entre as técnicas de condensação lateral e injeção de guta-percha termoplastificada, desde que o cimento obturador tenha sido utilizado.

FUSS et al. (1985) avaliaram, comparativamente, a qualidade da obturação com cones de guta-percha e cimento do tipo Grossman, usando o compactador de McSpadden, o Engine Plugger e a técnica de condensação lateral. Eles concluíram que as técnicas apresentam a mesma capacidade de obturar o terço apical dos canais radiculares.

ELDEEB et al. (1985) relacionaram a microinfiltração apical com a densidade radiográfica de dentes com canais radiculares obturados pelas técnicas de obturação de McSpadden, da guta-percha aquecida e da condensação lateral. Os autores não encontraram diferenças estatísticas significativas entre as densidades radiográficas das obturações promovidas pelas três técnicas a nível apical mas, a nível de terço médio, a técnica de McSpadden demonstrou menor densidade radiográfica que as demais. Também encontraram uma menor infiltração apical linear e variação volumétrica na técnica da guta-percha aquecida. Os autores concluíram que há uma correlação definitiva entre a densidade radiográfica da obturação e a infiltração marginal apical.

KENNEDY et al. (1986) verificaram que a remoção do magma dentinário ou "smear layer", antes da obturação do canal radicular, proporciona uma melhora do selamento, pois a infiltração apical era menor quando comparado com a não remoção do magma dentinário.

No mesmo ano, EVANS & SIMON (1986) avaliaram o selamento apical proporcionado pelo uso da técnica de obturação com guta-percha termoplastificada (com e sem cimento obturador e com e sem a remoção do magma dentinário ou "smear- layer") após a instrumentação dos canais radiculares. Eles observaram que a técnica de obturação com guta-percha termoplastificada sem o uso de cimento obturador não promove um bom selamento, quer com a prévia remoção do magma dentinário ou não. Eles salientaram que o uso da técnica de obturação de canal radicular com guta-percha deve ser realizada, sempre, com o uso de cimento obturador de canal radicular.

Também BEATTY et al. (1986), estudando a eficácia de selamento marginal apical de canais radiculares obturados, concluíram que a técnica de obturação com condensação vertical associada a um cimento obturador proporcionava menor infiltração do que outras técnicas.

HOPKINS et al. (1986) avaliaram, com uso de radioisótopo, a extensão da microinfiltração apical, comparativamente, entre as técnicas de McSpadden e de condensação lateral. Os autores concluíram que a técnica de condensação lateral com cimento endodôntico promove um selamento apical melhor do que a técnica termomecânica de McSpadden, quer realizada com ou sem cimento obturador.

WHITE et al. (1987) investigaram a influência do magma dentinário, ou " smear layer ", na obturação dos canais radiculares. Os autores evidenciaram que a remoção do magma dentinário aumentava a capacidade de obturação do canal radicular, pois o cimento obturador embricava mecanicamente com os canalículos dentinários abertos. Dessa forma, os autores recomendaram que, antes de se realizar a obturação de um canal radicular, a camada de magma dentinário seja removida.

GEE (1987) comparou cinco métodos de obturação dos canais radiculares e constatou que o uso de um adesivo dentinário em associação a uma resina bis-GMA permite um tempo de trabalho suficiente para realização da condensação lateral e, quando aderem aos cones obturadores, pode-se conseguir em um melhoramento na obtenção de uma obturação dos canais radiculares impermeável.

Neste mesmo ano, CERGNEUX et al. (1987), realizando uma pesquisa similar a WHITE et al. (1987), salientaram que a não remoção do magma dentinário, antes da obturação do canal radicular, proporciona uma tendência a aumentar a infiltração marginal apical das obturações, nas diferentes técnicas testadas.

ROTHIER et al. (1987) avaliaram in vitro a infiltração apical proporcionada por dois cimentos com hidróxido de cálcio ( Calciobiotic® e Sealapex® ) e dois cimentos à base de óxido de zinco e eugenol ( Proco-Sol® e Kerr Pulp Canal Sealer®) em canais obturados pela técnica de condensação lateral. Os autores observaram que os resultados demonstraram pouquíssima infiltração em todos os grupos, à exceção do grupo do Proco-Sol®.

LEAL et al. (1987), estudando in vitro o selamento apical promovido pelos cimentos Sealapex®, AH26 Silver free® e Fill Canal® - através da infiltração do corante rodamina B a 2% - e a influência do tempo de armazenagem, observaram que o Sealapex® e o AH26 Silver Free® apresentaram os menores índices de infiltração marginal apical.

TAGGER et al. (1988) estudaram in vitro o comportamento de várias marcas de cones de guta-percha com o uso da técnica termomecânica e concluíram haver uma enorme diferença entre os cones de guta-percha de várias marcas. Este fato demonstrou que nem todas as marcas comerciais de cones de guta-percha podem ser utilizadas para a realização da técnica termomecânica de obturação dos canais radiculares.

GROSSMAN et al. (1988), após inúmeros trabalhos de pesquisa com cimentos obturadores e após ter preconizado um cimento à base de óxido de zinco-eugenol em 1958, 1968 e 1973, afirmaram que um cimento obturador de canais radiculares deve possuir as seguintes propriedades e/ou características: a) ser de fácil manipulação; b) possuir tempo de trabalho suficiente; c) selar hermeticamente o canal radicular lateral e apicalmente, d) não irritar os tecidos periapicais (ser biocompatível); e) ser impermeável à umidade; f) não sofrer ação dos fluídos teciduais (ser insolúvel); g) ser bacteriostático; h) não alterar a cor dos dentes; i) ser esterilizável de modo fácil; j) ter estabilidade dimensional ; l) ser de fácil remoção, caso necessário.

Às características e propriedades que um cimento obturador de canal radicular deve possuir (GROSSMAN et al., 1988), faz-se necessário acrescentar as propriedades citadas por BLOCK et al. (1978), TORABNEJAD et al. (1979), MORSE et al. (1981) , HOLLAND et al. (1983) e HOLLAND (1984) que são: a) o cimento obturador não deve provocar uma resposta imunológica aos tecidos periapicais e b) o cimento não pode ter características mutagênicas ou carcinogênicas.

LACOMBE et al. (1988) investigaram a ocorrência da sobreobturação em canais radiculares promovida por duas técnicas de injeção da guta-percha termoplastificada (por baixa temperatura - Ultrafil® e por alta temperatura - Obtura®) comparadas à condensação lateral e concluíram que se obtem muito menos sobreobturação com o uso da técnica de condensação lateral do que com as técnicas de injeção da guta-percha plastificada.

KAUFMAN et al. (1989) investigaram a utilização do Life® e do AH26® como cimentos obturadores de canais radiculares com uso da técnica de compactação termomecânica da guta-percha (Engine Plugger). Os autores utilizaram a diafanização dos dentes, após serem submetidos à imersão no corante Prociron B Blue. Eles concluíram que o Life® poderia ser usado como cimento obturador associado à guta-percha, na técnica de compactação térmica, promovendo uma obturação comparável à aquela obtida com o AH26®.

OLSON et al. (1989), avaliando técnicas de injeção de guta-percha termoplastificada, constataram que a técnica de injeção de guta-percha termoplastificada em alta temperatura (Obtura®) proporcionou um selamento apical comparável à técnica de condensação lateral e que o grupo obturado pela técnica de injeção de guta-percha termoplastificada por baixa temperatura (Ultrafil®) produziu um selamento apical significativamente melhor que as outras duas técnicas.

No início desta década, KUGA et al. (1990) verificaram a infiltração marginal de canais radiculares obturados pela técnica de cone único, variando os cimentos obturadores, imergindo-os em solução de azul de metileno a 2% por 7 dias. Os autores ordenaram os cimentos obturadores testados, partindo do mais eficiente para o menos, da seguinte forma: Endomethasone®, AH26®, N-Rickert®, Endofill®, Pró-canal®, Rickert SP® .

No ano seguinte, SILVA et al. (1991) investigaram in vitro várias maneiras de se usar o cone principal de guta-percha na obturação do canal radicular e concluíram que o travamento do cone principal é importante para a redução da infiltração marginal.

LIMKANGWALMONGKOL et al. (1991), realizando in vitro um estudo comparativo de infiltração marginal apical de quatro cimentos obturadores de canais radiculares e a técnica de condensação lateral da guta-percha, demonstraram que um cimento obturador de canais radiculares deve ser usado em conjunto com a técnica de condensação lateral da guta-percha e que o AH26® promove um selamento apical significativamente melhor que os outros cimentos (Apexit®, Sealapex®, Tubli-Seal® ) testados.

LEAL (1991) salientou que a obturação do canal radicular deve preencher todo o espaço deste, anteriormente ocupado pela polpa dental, à exceção do canal cementário, após o canal dentinário ter recebido o preparo químico-mecânico.

Dando seqüência às suas pesquisas, LIMKANGWALMONGKOL et al. (1992) estudaram in vitro a infiltração marginal apical de canais radiculares obturados com quatro cimentos obturadores (Apexit® , Sealapex®, Tubli-Seal® e AH26® ) e com cones de guta-percha por meio da técnica de condensação lateral. Os autores afirmaram que um cimento obturador de canais radiculares deve sempre ser utilizado em conjunto com os cones de guta-percha na técnica de condensação lateral. Eles concluíram que o cimento AH26® proporcionou menor infiltração marginal apical que os demais cimentos testados e que o cimento Apexit® foi melhor que o cimento Sealapex® e, este último, apresentou infiltração marginal estatisticamente semelhante ao Tubli-Seal®.

HATA et al. (1992) investigaram in vitro a capacidade de selamento de canais radiculares obturados com a técnica Thermafil® com e sem uso de cimento obturador. Os autores observaram que a infiltração marginal apical foi maior com o uso da técnica Thermafil® com e sem o uso de cimento obturador, do que com o uso da técnica de condensação lateral. Eles salientaram, também, que o não uso de um cimento obturador proporcionava maior infiltração marginal apical.

AMDITIS et al. (1992) estudaram in vitro as técnicas de condensação lateral; condensação termomecânica de McSpadden; ativação ultrasônica (ENAC®) e injeção de guta-percha termoplastificada (Ultrafil®) com relação à adaptação às paredes do canal radicular, infiltração apical e qualidade radiográfica de obturação. Os autores observaram que, através do método eletroquímico, as diferenças entre as técnicas eram relativamente pequenas, apesar da técnica de condensação lateral apresentar o maior número de dentes sem infiltração. Radiograficamente as técnicas demonstraram adaptação similar nos 6mm apicais. As técnicas de condensação lateral e de ativação ultra-sônica demonstraram um maior controle com relação ao comprimento de trabalho da obturação do canal.

Para WU & WESSELINK (1993), a qualidade clínica de uma obturação de canal somente pode ser determinada pelo exame radiográfico e, mesmo tal exame, apresenta pontos críticos, uma vez que uma radiografia nos dá somente duas dimensões, que seriam a largura e a altura, ficando a tridimensionalidade (profundidade) ausente. No entanto, para se avaliar a infiltração periapical ou a capacidade de selamento de técnicas e materiais in vitro existem inúmeras metodologias. Entre os métodos experimentais, o método da infiltração marginal de radioisótopos figura em 82% dos estudos. Comunicaram os autores que o método mais comum para avaliar a infiltração marginal era a mensuração linear por penetração de um corante ou radiosótopo e, que no que diz respeito às técnicas de obturação, a técnica da condensação lateral era utilizada como controle.

KÜÇÜKAY et al. (1993) estudaram in vitro a influência sobre a infiltração marginal apical em canais radiculares obturados quando se usa a imersão imediata no corante e após 72 horas da realização da obturação e a influência da imersão passiva e a ativa (centrifugação). Os canais foram obturados pela técnica de injeção de guta-percha termoplastificada à baixa temperatura (Ultrafil®). Os autores verificaram que, no concernente à centrifugação, não há diferença estatística entre os resultados da imersão passiva e da ativa e que entre a imersão mediata ou imediata também não houve diferença estatística, sendo os achados desses autores concordantes com os de KEANE & HARRINGTON (1984) e discordantes com HOVLAND & DUMSHA (1985).

SAMPAIO (1993) observou que um canal vazio atua como um verdadeiro tubo de ensaio, coletando no seu interior líquidos teciduais e exsudatos inflamatórios provenientes da região periapical, os quais se decompõem, gerando produtos irritantes para os tecidos ou propiciando um ótimo meio de cultura para os microrganismos.

NGUYEN (1994) salientou que o canal radicular deve ser hermeticamente obturado com um material inerte e que apresente estabilidade dimensional e, ainda, que seja biologicamente aceito. Para esse autor, um canal radicular bem obturado tridimensionalmente deve impedir a percolação e microinfiltrção de exsudato periapical para o interior do espaço do canal; impedir a reinfecção e, ainda, criar um ambiente biologicamente favorável para que se processe a cicatrização dos tecidos.

Ainda NGUYEN (1994) cita as seguintes vantagens da utilização dos cones de guta-percha: deixam-se condensar e adaptar às irregularidades e ao contorno do canal, pelo método da condensação lateral e vertical; podem ser amolecidos e plastificados pelo calor ou pelos solventes orgânicos (eucaliptol ,clorofórmio, xilol, terebintina); são inertes; têm estabilidade dimensional, quando não alterados por solventes orgânicos não se contraem; são tolerados pelos tecidos (não alergênicos); não alteram a cor do dente; são radiopacos; podem ser removidos facilmente do canal se necessário. E como desvantagens: não possuem rigidez; não têm adesividade; podem ser deslocados facilmente por pressão.

FIDEL et al. (1994) estudaram a adesão de cimentos obturadores de canais radiculares contendo hidróxido de cálcio (Sealer 26®, CRCS®, Apexit® e Sealapex® ) à dentina humana com e sem aplicação de EDTA .Eles concluíram que o Sealapex® e o Apexit® proporcionaram a menor adesão e que a aplicação do EDTA à dentina aumentava a adesão dos cimentos, à exceção do Sealapex®. Verificaram, também, que o cimento Sealer 26® apresenta grandes propriedades adesivas, sendo capaz de penetrar nos canalículos dentinários aumentando a interface cimento/parede dentinária.

BARTHEL et al. (1994) investigaram in vitro a infiltração marginal apical de canais radiculares obturados com cimento AH26® espatulados a 21oC e a 50oC, com as técnicas de condensação lateral e cone único. Os autores constataram que a técnica de condensação lateral associada ao cimento manipulado à temperatura ambiente promovia menor infiltração marginal apical do que os demais grupos, ou seja, com a técnica de condensação lateral e a técnica de cone único a 50oC e a técnica de cone único a 21oC.

PORTMANN & LUSSI (1994) realizaram uma pesquisa na qual compararam a obturação de canais radiculares com o uso de uma máquina para obturar canais radiculares a vácuo versus o uso da técnica de condensação lateral. Os autores utilizaram o AH26® como cimento obturador para ambas as técnicas. A identificação da infiltração marginal apical foi realizada com tinta da Índia e o método de diafanização dos dentes foi o escolhido para visualizarem a penetração do corante. Os resultados obtidos falam a favor de obtenção de menor infiltração apical do corante quando do uso da máquina para obturar o canal radicular a vácuo.

Ainda em 1994, FIDEL et al., estudando in vitro a solubilidade e a desintegração de alguns cimentos que contêm hidróxido de cálcio (Sealer 26®, CRCS®, Sealapex®, Apexit®), observaram que o Sealer 26® e o Apexit® apresentaram-se como os menos solúveis, seguidos ordenadamente pelo CRCS® e pelo Sealapex®.

No mesmo ano, ESTRELA et al. (1994) investigaram a infiltração marginal apical de canais radiculares obturados com as técnicas de condensação ativa e passiva da guta-percha associadas a vários cimentos. Os autores observaram que todos os cimentos testados permitiram a infiltração apical, muito embora não tenha sido encontrada diferença estatística entre eles, e que, comparando a infiltração apical entre as técnicas, a condensação ativa da guta-percha apresentou menores valores associada aos cimentos Fillcanal®, Sealapex® e AH26® . Já com o cimento de N-Rickert® não houve diferença entre a condensação ativa e a passiva da guta-percha.

GEE, WU & WESSELINK (1994), estudando as propriedades seladoras do cimento endodôntico à base de ionômero de vidro Ketac-Endo® e o AH26®, observaram que o cimento Ketac-Endo® apresentou significativamente mais infiltração que o cimento AH26®.

SMITH & STEIMAN (1994) avaliaram a infiltração marginal apical em canais radiculares obturados in vitro com dois novos cimentos (Tubliseal® -nova fórmula e Ketac-Endo® ) e dois cimentos mais antigos (Tubliseal® - velha fórmula e Roth 801®) e com a técnica de condensação lateral. Os autores também obturaram alguns dentes com a técnica de condensação lateral da guta-percha sem uso de cimento. Eles constataram que a utilização de um cimento obturador na técnica de condensação lateral propiciava um menor índice de infiltração marginal apical. Também constataram que o cimento Ketac-Endo® promovia o pior selamento marginal apical em relação aos demais cimentos testados.

PESCE et al. (1995) estudaram in vitro, de modo comparativo, o selamento marginal apical promovido pela técnica de McSpadden original; modificada e pela técnica da condensação lateral, utilizando o cimento N-Rickert®. Os autores observaram que, após a infiltração do corante azul de metileno, as técnicas de McSpadden modificada e a técnica de condensação lateral exibiram valores de infiltração marginal apical estatisticamente menores que a técnica de McSpadden original.

Mais adiante, YARED & DAGHER (1996) investigaram in vitro a capacidade de selamento promovido pela técnica de obturação da condensação vertical, com a utilização de diferentes cimentos obturadores (Kerr Pulp Canal Sealer®, Roth 801® e AH26® ) comparados com um grupo controle onde os canais foram obturados sem a utilização de um cimento obturador. Os autores observaram que a não utilização de um cimento obturador promove maior infiltração marginal apical e que o cimento Kerr Pulp Canal Sealer® apresentou menor infiltração que os demais cimentos testados. Os autores salientaram que a utilização de um cimento obturador é fundamental para melhorar a qualidade técnica da obturação de um canal radicular.

Neste mesmo ano, ROPER (1996), avaliando in vitro a microinfiltração marginal apical promovida pela obturação de canais radiculares com quatro cimentos obturadores dos canais radiculares (AH Plus®, Sealer 26®, Tubliseal®, Root Roth 511® ) através da técnica de condensação lateral, concluiu que Sealer 26®, AH Plus® e Tubliseal® tinham uma capacidade similar em prevenir a infiltração e que o Roth 511® era inferior a estes, permitindo uma maior infiltração. O autor salientou que o método de diafanização é simples, fácil e não caro, permitindo uma visualização tridimensional da profundidade da penetração linear.

GAVINI et al. (1996), estudando a influência da camada residual de magma dentinário no selamento apical de dentes obturados com cones de guta-percha e cimento de N-Rickert®, observaram que o magma dentinário, ao impedir o contato direto do material obturador com as paredes do canal, diminui a adesividade do cimento facilitando, assim, a infiltração do corante usado (azul de metileno). Estes dados estão de acordo com os resultados encontrados por LESTER e BOYLE (1977), WHITE et al. (1984,1987), CERGNEUX et al. (1987), CZONSTKOWSKY et al. (1990), GUTIERREZ et al. (1990), GETTLEMAN et al. (1991).

SILVA et al. (1996) avaliaram in vitro a infiltração marginal apical em canais radiculares obturados pela técnica de condensação lateral e dois cimentos endodônticos: Endobalsam® e N-Rickert®. Os autores concluíram que os cimentos testados apresentaram diferenças significantes entre si, com altos valores de infiltração os espécimes obturados com o cimento Endobalsam® quando comparados com os obturados com o N-Rickert®.

SIQUEIRA JR. (1997) afirmou que seria viável a regressão de uma lesão endodôntica após um canal ter sido preparado e não obturado mas que, a longo prazo, tal tratamento resultaria em fracasso pois, o espaço vazio, seria extremamente propício para a proliferação de microrganismos remanescentes e para o estabelecimento de novos microrganismos. O preenchimento definitivo do canal com um material obturador elimina esse espaço, perpetuando o estado de desinfecção obtido após o preparo químico-mecânico e a medicação intracanal, além de reduzir os riscos de reinfecção.

ANTONIO & MOURA (1997) analisaram in vitro o selamento marginal apical de canais radiculares obturados com cones de guta-percha associados a quatro tipos de cimentos diferentes (N-Rickert®, AH26®, Sealapex®, Ketac-Endo®) e concluíram que entre os cimentos testados não houve diferença estatística significante na comparação da infiltração marginal apical evidenciada pelo corante azul de metileno.

SUTER & GROSREY (1997) demonstraram a possibilidade de se obturar in vivo canais radiculares através de um sistema de redução de pressão, realizando a obturação a vácuo (método hidrodinâmico). Os autores concluíram que o método de obturação a vácuo produz canais obturados com densidade radiográfica satisfatória.

HOLLAND et al. (1997) avaliaram a infiltração marginal apical de canais radiculares obturados in vitro com cones experimentais de guta-percha/hidróxido de cálcio e cones de guta-percha comum. Eles, ainda, incluíram um grupo de dentes onde os canais receberam curativo de demora com hidróxido de cálcio por sete dias e um grupo de canais radiculares instrumentados e sem o curativo. Todos os canais radiculares foram obturados com a técnica de condensação lateral e cimento. O indicador da infiltração marginal foi o azul de metileno a 2% submetido a vácuo por 24 horas. Os grupos experimentais que apresentaram hidróxido de cálcio no canal e os grupos obturados com cones de guta-percha/hidróxido de cálcio mostraram significativamente menor infiltração do que os obturados com cones de guta-percha regulares. Os autores, através dos resultados obtidos, concluíram que os cones de guta-percha modificados com hidróxido de cálcio e aqueles canais que receberam o curativo de demora com hidróxido de cálcio apresentaram um melhor selamento apical na obturação dos canais radiculares.

LEE et al. (1997), avaliando a estabilidade dimensional de cones de guta-percha perante alterações térmicas, verificaram que todas as marcas estudadas apresentaram expansão com a elevação de temperatura e contração com o resfriamento. Os autores também observaram que, quando as temperaturas eram reduzidas de 80ºC para 37ºC, os produtos testados continuavam a apresentar contração, e variavam por um período compreendido entre 45 minutos e 10 horas, até atingirem um volume final fixo.

PESCE et al. (1997) estudaram in vitro a infiltração marginal apical de canais radiculares obturados após o uso do creme Endo-PTC durante a instrumentação desses canais radiculares, associados a dois modos de irrigação final. Uma, com detergente/antisséptico e outra, com hipoclorito de sódio a 1%. Os autores constataram uma diferença estatística significante na correlação entre o modo de irrigar o canal radicular e a infiltração marginal. Eles observaram que o creme Endo-PTC poderia deixar resíduos no interior dos canais radiculares, que não eram totalmente removidos com o uso da solução de hipoclorito de sódio a 1%.

CANALDA-SAHLI et al. (1997) compararam in vitro o selamento marginal apical promovido pela obturação de canais radiculares por duas técnicas de guta-percha termoplastificada e com a técnica de condensação lateral. Os autores não encontraram diferenças estatísticas entre estas técnicas e concluíram que as técnicas de guta-percha termoplastificadas preconizadas, atualmente, podem ser usadas com sucesso para obturar os canais radiculares.

LUGLIÈ & COSTA (1997) estudaram in vitro a infiltração marginal apical em canais obturados pela técnica de condensação lateral e pela técnica de obturação termoplástica de baixa temperatura (Ultrafil®). Os autores concluíram que, a técnica de obturação de obturação termoplástica de baixa temperatura (Ultrafil®), se bem executada e após a adequada instrumentação do canal radicular, pode ser utilizada com confiança como método alternativo à técnica de condensação lateral. Salientaram também que as dificuldades encontradas na execução desta técnica são facilmente eliminadas com uma boa instrumentação e com a utilização de uma guta-percha que possa fluir mais facilmente no interior dos canais radiculares.

WOLCOTT et al. (1997) utilizaram blocos de resina que apresentavam a simulação de canais radiculares e canais laterais. Com estes blocos eles testaram as técnicas de condensação lateral e a técnica de carregadores rígidos com guta-percha (Tulsa Dental). Os autores constataram que os canais radiculares obturados com carregadores rígidos apresentavam mais guta-percha nos canais laterais e que nos canais obturados com a técnica de condensação lateral observava-se mais cimento nos canais laterais.

AGUIRRE et al. (1997) estudaram in vitro dois modos de se distribuir o cimento obturador no interior dos canais radiculares - com o ultra-som e manual - e três tipos diferentes de cimentos (CRCS®, Sultan® e AH26®). Os autores observaram, com o uso de corante, a infiltração marginal apical desses canais radiculares obturados e concluíram que o método de distribuição do cimento no interior dos canais radiculares não evita a infiltração marginal apical.

WELLER et al. (1997) estudaram in vitro a adaptação às paredes dos canais das técnicas do Thermafil® (com carregadores de plástico, aço inox e titânio), do Obtura II® e da condensação lateral. Os autores observaram que todas as técnicas eram estatisticamente diferentes entre si, exceto o Thermafil® com plástico e com titânio que obtiveram resultados similares. Os autores classificaram as técnicas de acordo com a melhor adaptação às paredes dos canais da melhor para a pior da seguinte maneira: Obtura II® , Thermafil® com plástico e com titânio, Thermafil® com aço inox e a condensação lateral.

ANTONOPOULOS et al. (1998) estudaram o selamento apical dos canais radiculares promovido por métodos diferentes de imersão em corante, utilizando as técnicas de obturação através de cone único e a de condensação lateral. Os resultados revelaram não haver diferença entre a penetração passiva do corante à pressão negativa e que, a penetração apical de corante promovida por condições de alta pressão era significativamente menor. As técnicas de condensação lateral e de cone único demonstraram capacidades de selamento similares. Os autores concluíram que não se faz necessário o uso de pressão negativa para avaliar a capacidade de selamento apical das obturações de canal in vitro.

MANNOCCI et al. (1998) estudaram in vitro a infiltração marginal apical de canais obturados com três técnicas diferentes. Utilizaram cimento à base de resina epóxica e cones de guta-percha associados a dois adesivos dentinários diferentes o All Bond 2® e o Scotchbond Multi Purpose Plus® e um terceiro grupo foi obturado somente com cimento à base de resina epóxica e guta-percha. Os autores observaram que os grupos obturados com a associação de um adesivo dentinário apresentaram uma infiltração marginal apical significativamente menor do aquele obturado apenas com guta-percha e cimento à base de resina epóxica. Observando por meio de microscopia eletrônica aqueles grupos obturados com associação de adesivo dentinário, eles concluíram que, no grupo do All Bond 2®, o material observado no ápice era mais freqüentemente o adesivo; ao passo que, no grupo obturado em associação com o Scotchbond Multi Purpose Plus®, o material mais freqüentemente encontrado no ápice era a guta-percha.

MANNOCCI & FERRARI (1998) investigaram o selamento marginal apical de canais radiculares obturados por meio da técnica de condensação lateral, utilizando cones de guta-percha, cimento à base de resina epóxica e os adesivos dentinários AllBond2® e Scotch Bond Multi Purpose Plus®. Os autores constataram que os canais radiculares obturados com os adesivos dentinários apresentam infiltração marginal apical de modo estatisticamente semelhantes entre si, porém estatisticamente diferentes dos dentes obturados com cones de guta-percha e resina epóxica. Com o uso da microscopia eletrônica de varredura, os autores constataram a presença de uma camada híbrida quando usa os adesivos dentinários.

TIMPAWAT et al. (1998) estudaram a capacidade de selamento apical em canais radiculares obturados com as técnicas do Thermafil® sem cimento, com cimento à base de óxido de zinco e eugenol e com cimento à base de ionômero de vidro (Ketac Endo®) com e sem a remoção da camada de magma dentinário. Os autores observaram que o uso do cimento melhora significativamente a qualidade da obturação do Thermafil® removendo ou não a camada de magma dentinário e que o selamento apical promovido pelos dois tipos de cimento não apresentou diferença estatística na presença ou ausência da camada de magma dentinário.

ESBER et al. (1998) estudaram o efeito dos ciclos mastigatórios sobre a infiltração apical dos dentes tratados endodonticamente e observaram haver uma correlação entre o aumento do número dos ciclos mastigatórios e o aumento da infiltração apical. Este estudo in vitro sugere um efeito significante da ação mastigatória sobre a infiltração apical.

LEE et al. (1998) estudaram in vitro a condução de temperatura para superfície radicular externa durante a técnica de condensação vertical utilizando três formas diferentes de aquecer a guta-percha: System B Heat Source® (SB), Touch`n Heat device®(TH) e com um instrumento aquecido ao rubro (FH). Os autores concluíram que o SB não provocava elevação de temperatura na superfície externa dos dentes estudados e, conseqüentemente, concluíram que tal sistema não acarretaria danos ao periodonto; mas aconselharam cuidados na utilização dos demais.

VALERA et al. (1998) avaliaram o selamento marginal apical de canais obturados pela técnica de condensação lateral e quatro tipos diferentes de cimentos obturadores (Sealapex®, Apexit®, Sealer 26® e Ketac Endo®). Metade das amostras foi imersa imediatamente após a obturação em solução de azul de metileno a 2% e a outra metade foi armazenada em plasma sangüíneo e imersas na solução seis meses depois. Os autores observaram que os cimentos Sealapex® e Sealer 26® apresentaram resultados estatsticamente iguais entre s e menor infiltração que os demais. Também observaram os autores que aqueles espécimes imersos no corante imediatamente após a obturação apresentaram infiltração média menor que aqueles armazenados em plasma por seis meses antes da imersão.

DALAT et al. (1998) estudaram a infiltração apical de canais radiculares obturados com um cimento à base de ionômero de vidro (Ketac Endo®) e compararam com um cimento à base de resina epóxica (AH26®) usando as técnicas de condensação lateral e de cone único e imersão em um corante (solução de azul de metileno) na presença de vácuo. Os autores observaram não haver diferenças estatísticas significantes entre nenhum dos grupos estudados.

VALLI et al. (1998) estudaram a capacidade de selamento marginal apical in vitro de duas técnicas de obturação, a técnica de obturação de guta-percha termoplastificada com um núcleo rígido (Densfil®) e a técnica de condensação lateral. Os dentes obturados foram submetidos à imersão em tinta da Índia ( nankin ). Os autores concluíram não haver diferenças entre as técnicas estudadas .

Mais recentemente, KUGA et al. (1999) avaliaram a influência do método de irrigação final no selamento apical proporcionado pelo cimento obturador de canais radiculares Endomethasone®. Os autores instrumentaram os dentes irrigando-os apenas com água destilada e, ao final do escalonamento, os dentes foram irrigados de cinco formas diferentes: 1) EDTA + ultra-sonificação por 1 minuto; 2) EDTA isoladamente por 3 minutos; 3) soro fisiológico + ultra-sonificação por 1 minuto; 4) ácido cítrico à 1% + ultra-sonficação e 5) ácido cítrico a 1% isoladamente por 3 minutos; ao final os dentes foram irrigados novamente com soro fisiológico. Eles encontraram diferenças estatísticas significantes apenas entre os grupos 1 e 5.

SANTA CECÍLIA et al. (1999) analisaram o selamento apical promovido pela técnica Thermafil® em canais retos e curvos comparativamente à técnica de condensação lateral. Os autores concluíram que, em relação à capacidade seladora, não houve diferença estatística significante entre as técnicas e que, nos canais curvos e atrésicos, houve maior infiltração do que nos canais amplos e retos indistintamente entre as técnicas avaliadas.

Na revisão da literatura, observa-se que a preocupação existente é se obter uma técnica, um cimento obturador ou uma associação cimento/técnica capaz de impedir a infiltração marginal apical dos canais radiculares obturados.



 

PROPOSIÇÃO
 
 

O objetivo do presente trabalho consiste em avaliar in vitro a capacidade do selamento apical de três diferentes técnicas de obturação de canais radiculares que utilizam cones de guta-percha e cimento obturador.
 



 

MATERIAL E MÉTODO

Neste experimento foram utilizados 47 dentes caninos superiores humanos de estoque, armazenados em timol a 0,1% e em refrigeração até o momento do uso.

Na seqüência, os dentes foram divididos em três grupos de 15 elementos cada, utilizados para as três diferentes técnicas a serem comparadas e dois dentes foram utilizados como grupo controle .

Para início do trabalho, os dentes foram submetidos à cirurgia de acesso endodôntico, seguindo os passos normais, ou seja, abertura com broca em alta rotação refrigerada com spray de água . Uma vez concluída essa etapa, os dentes tiveram suas polpas extirpadas e as câmaras pulpares irrigadas abundantemente.

Para a odontometria, introduziu-se uma lima tipo K n.º 15, até que esta fosse visualizada no forame apical de cada dente (Figura 1); a partir deste comprimento recuou-se um milímetro e essa posição passou a ser considerada como comprimento de trabalho, onde foi feito o preparo do batente apical .
 
 
Figura 1.
 Realização da odontometria. Observar a lima endodôntica no ápice do dente.

A instrumentação dos canais radiculares de todos os dentes foi realizada utilizando-se a técnica "Crown Down", sendo que o instrumento final que determinou o batente apical foi uma lima tipo K n.º 55 (Maillefer).

Entre a utilização de cada instrumento, os canais radiculares eram irrigados com 2,0 ml de líqüido de Dakin ( hipoclorito de sódio a 0,5 % + ácido bórico) .

Após a instrumentação dos canais radiculares, procedeu-se a seleção dos cones principais, tomando-se o cuidado para que todos estivessem travados no comprimento de trabalho determinado. Para efetivação do travamento do cone principal, de acordo com a padronização da instrumentação, utilizou-se uma régua milímetrada calibradora da Maillefer (Figura 2), estandardizando assim todos os cones principais (Figura 3). A seguir, procedeu-se a obturação de cada grupo.
 
 
Figura 2
 Régua calibradora Maillefer sendo vista em suas duas superfícies.
 
 
Figura 3
Régua calibradora Maillefer calibrando o cone principal.

Todos os cones de guta-percha utilizados neste trabalho foram da marca Herpo® e de cor branca, com a intenção de facilitar a visualização da infiltração CFigura 4)
Figura 4

O primeiro grupo de 15 dentes foi obturado pela técnica de condensação lateral ou convencional de acordo com o preconizado por DE DEUS (1992).

Nesta técnica, após a seleção do cone principal, o cimento obturador era levado para o interior do canal radicular com auxílio de um alargador endodôntico de nº 25 e, a seguir, o cone principal era introduzido e eram colocados alguns cones secundários, em seguida utilizava-se dos espaçadores digitais ("finger plugs" - Maillefer) para se criar espaço no canal radicular com movimento de compressão lateral para se conseguir a colocação de novos cones secundários.

Envolvendo-se os cones secundários em cimento obturador, eles foram levados aos espaços abertos, sendo que essa operação era repetida até que não se conseguisse mais inserir o espaçador. A compressão lateral era realizada de forma bastante suave, mas com o objetivo de forçar o cimento obturador para todo o sistema de canais radiculares, procurando preenchê-lo tridimensionalmente.

Os espaçadores eram utilizados com movimentos oscilatórios e pressão em direção ao ápice, forçando-os entre o cone principal e as paredes do canal radicular.

A remoção do espaçador era feita aplicando-se ao mesmo um movimento de rotação anti-horário contínuo.

À medida que novos cones secundários eram levados, a conformação cônica do canal radicular fazia com que os espaçadores, na seqüência da condensação lateral, ficassem, a cada colocação de cones, mais distantes do comprimento real de trabalho, obturando-se assim completamente o canal radicular.

Uma vez concluída a condensação lateral, ou seja, preenchido completamente o canal radicular, era realizado o corte do excesso de cones extra-coronário, com um instrumento aquecido ao rubro e condensada, apicalmente, a obturação com a utilização dos condensadores de Paiva.

O segundo grupo (15 dentes) foi obturado termomecanicamente com a utilização dos compactadores de McSppaden e por meio da técnica híbrida de TAGGER et al. (1984). Esta técnica consiste na associação da técnica de McSpadden, que utiliza compactadores semelhantes a uma lima Hedströen invertida (Figura 5), com a condensação lateral.
 
Figura 5

Após selecionado o cone principal, este era levado em posição com cimento, em seguida eram colocados um ou dois cones acessórios, de acordo com o volume de guta-percha necessário para se obturar completamente o canal.

Era selecionado, a seguir, o compactador que, na maioria das vezes, era de um número acima do cone principal selecionado, nesta caso, o de n.º 60. A escolha do mesmo poderá ser modificada de acordo com a situação que se apresente.

A profundidade da penetração do compactador no interior do canal era demarcada pelas ranhura presentes no seu cabo ou pela colocação de stops de silicone, a uma distância de 2mm aquém do comprimento real de trabalho nos canais radiculares.

Para verificar se a direção de rotação do motor de baixa rotação estava correta, era feito um teste preliminar com o auxílio de uma gaze, do seguinte modo: segurando a parte ativa do condensador sobre a gaze, o motor era acionado; se esta era empurrada para a frente e o compactador para trás, o sentido da rotação estava correto (Figura 6). Cumpre salientar que este teste é de grande importância porque, ao utilizarmos o compactador no sentido anti-horário, ele ficará com características de um parafuso e, no momento da obturação, ao contrário de compactar a guta-percha para o interior do canal radicular, ele a expulsará e entrará como uma broca, podendo ocorrer fraturas do compactador ou perfurações da raiz.
 
Figura 6

O princípio de funcionamento do compactador baseia-se na plastificação da guta-percha pelo atrito e na sua condensação para o interior do canal radicular, pela conformação característica de sua parte ativa (Figura 7).
 
 
Figura 7
 Esquema do funcionamento do compactador de McSpadden retirado do manual da Dentsply - Maillefer. Após o canal preparado com um batente apical definido (1), o compactador é introduzido aproximadamente 2mm aquém deste tendo contato com os cones (2 e 3) e, então, é acionado em rotação horária em torno de 8.000 rpm (4).

No momento em que a guta-percha estava sendo compactada, tanto no sentido apical como lateral, observava-se um movimento de saída do compactador causado pelo refluxo do material. Para o domínio desta técnica, tem-se que sentir quando ceder, ou não, ao movimento de refluxo do compactador obtendo assim, uma boa obturação sem que ocorram extravasamentos.

Após a retirada do compactador, verificava-se que a porção do cone de guta-percha que estava na câmara pulpar entrava para o interior do canal e plastificava-se, rapidamente, a seguir, condensava-se esta com condensadores de Paiva para se obter uma melhor adaptação desta com a parede dentinária.

O terceiro grupo (15 dentes) foi obturado com a técnica de plastificação térmica da guta-percha por meio da utilização do aparelho de ultra-som da marca ENAC® de acordo com a especificação do fabricante. Figura 8.
 
Figura 8

O cimento obturador foi levado ao interior dos canais com uma lima endodôntica colocada no aparelho de ultra-som, esta era vibrada por alguns segundos no interior do canal para a distribuição deste cimento.

A obturação ultra-sônica era feita sem o fluxo de água do aparelho, o que permite a elevação da temperatura. O espaçador era inserido 2 a 3 milímetros do comprimento de trabalho e a sua vibração limitada no interior do canal era de apenas alguns segundos de uma só vez (Figura 9).
 
Figura 9
Esquema da utilização do ultra-som na obturação dos canais radiculares extraído do manual do ENAC® (Osada).

Alguns segundos de vibração foram suficientes para amolecer a guta-percha, na seqüência o cone era comprimido contra a parede do canal como na condensação lateral, e então eram colocados novos cones, repetia-se a operação até o canal estar completamente preenchido.

Neste trabalho, todos os canais radiculares dos grupos testados foram obturados utilizando-se cimento, o Sealer 26® (Dentsply), e a relação pó/resina utilizada foi a preconizada pelo fabricante (duas partes de pó para uma parte de resina por volume), espatuladas até se obter a consistência clínica. Após a obturação dos canais radiculares e a limpeza da câmara pulpar, selava-se a abertura coronária com o cimento obturador provisório Citodur® (Figura 10 ).
 
Figura 10
Materiais utilizados no experimento. Cimento obturador dos canais radiculares Sealer 26® e cimento temporário Citodur®.

Todos os procedimentos descritos foram realizados por um único operador.

Após o preparo de cada grupo experimental, os dentes tiveram sua superfície externa impermeabilizada utilizando-se Super Bonder®, com exceção dos dois milímetros apicais das raízes dos dentes.

A seguir, os dentes eram imersos em água destilada e deionizada 37o C por um período de 48 horas para aguardar o tempo de polimerização do cimento Sealer 26® (FIDEL, 1994).

Decorrido esse tempo, os dentes eram removidos da água e colocados em um recipiente contendo tinta nankin (Faber Castell®) a37oC por um período de 96 horas. A tinta nankin, conhecida também como tinta da Índia, foi utilizada como identificador do selamento marginal apical.

Decorrido o tempo experimental de 96 horas, os dentes eram removidos da tinta nankin e lavados em água corrente, por uma hora. Depois, removia-se a camada impermeabilizante de Super Bonder® das superfícies dos dentes.

A seguir, os dentes eram imersos em uma solução de ácido clorídrico a 5% para se obter a sua descalcificação.

O recipiente que continha o ácido clorídrico a 5% com os dentes era colocado em um agitador magnético para que o líqüido ficasse em agitação constante (Figura 11). Cumpre informar que a solução de ácido clorídrico a 5% era trocado a cada 12 horas.
 
Figura 11
Agitador utilizado na descalcificação dos dentes no ácido clorídrico

Uma vez obtida a descalcificação, os dentes eram lavados em água corrente por 4 horas com o objetivo de remover traços de ácido clorídrico.

Concluída esta etapa, os dentes, agora descalcificados, eram submetidos ao processo de desidratação.

Para realizar a desidratação, os dentes eram colocados em uma bateria de álcool ascendente (70, 85, 96 e 100 por cento). Em cada concentração de álcool, os dentes permaneceram por 4 horas.

Uma vez completo o processo de desidratação, os dentes eram imersos em uma solução de salicilato de metila para se obter a diafanização.

Assim que a diafanização ocorria, os dentes eram levados a um microscópio de mensuração, o Mensuroscope®, da marca NIKON, de procedência japonesa (Figura 12), para avaliar a infiltração marginal apical.
 
Figura 12
Microscópio de mensuração (NIKON).

Para medir a infiltração marginal da tinta nankin, observava-se os dentes diafanizados e media-se a maior infiltração ocorrida desde o batente apical até a sua maior extensão de penetração linear do corante. Os dados obtidos em milímetros eram anotados em um protocolo específico.

Realizou-se, também, um grupo controle positivo e um negativo. O grupo controle positivo constituiu-se de um dente com canal radicular preparado, porém não obturado; e o controle negativo constituiu-se de um dente com canal radicular preparado e obturado, porém com toda a sua superfície externa impermeabilizada com Super Bonder®.

Os resultados obtidos estão expressos na Tabela I e foram submetidos à análise estatística.



 

RESULTADOS
 
 

Os dados experimentais deste trabalho consistiram de 45 valores numéricos, correspondentes à medida em milímetros da infiltração marginal apical do corante (tinta nankin).

Esses valores provieram do produto fatorial de 15 dentes (repetições) X 3 técnicas de obturação e um cimento (Sealer 26®): 15 X 3 X 1 = 45. Os valores estão listados na Tabela I.
 

Tabela I. Dados em mm da infiltração do corante (tinta nankin) na região apical dos canais radiculares obturados.
 

  GRUPOS AMOSTRAIS  
Técnica convencional Técnica do Ultra Som
Técnica Híbrida
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.16
0.0
0.0
0.19
0.15
0.13
0.23
0.26
0.18
0.26
0.26
0.21
0.28
0.33
0.44
0.50
0.37
0.52
0.54
0.45
0.58
0.58
0.52
0.68
0.67
0.68
0.76
0.82
0.84

 

Com os dados da Tabela I, realizaram-se testes preliminares com a finalidade de verificar a normalidade e a homocedasticidade da distribuição amostral, a fim de decidir-se sobre que tipo de estatística deveria ser empregada: paramétrica ou não paramétrica.

O estudo dos parâmetros amostrais evidencia que não há simetria de valores situados no intervalo de classe a que pertence a média amostral. Há 18 dados abaixo da média e 14 acima da média. Essa não simetria fala a favor de uma distribuição não-normal (Tabela II).
 
 
Tabela II
 Parâmetros amostrais. Valores originais
 
 
 
Tabela III
A Tabela III mostra que a distribuição da freqüência absoluta por intervalo de classe apresenta uma tendência deslocada fora do centro: 0, 0, 18, 13, 9, 5, 0.

O gráfico da Figura 13 foi traçado a partir dos percentuais acumulados de freqüência que constam na Tabela III.

Este gráfico representa duas linhas superpostas, uma correspondente à curva normal matemática e a, outra à curva experimental.

O grau de discordância de ajuste ou de aderência entre as duas curvas mostra que não há probabilidade de a distribuição amostral ser normal.
 
 
Figura 13
Teste de aderência à curva normal.
 
 
 
Figura 14
 mostra o histograma da distribuição amostral, que elucida claramente a não simetria dos dados.
 
 
Tabela IV
A Tabela IV apresenta os resultados do teste de aderência da distribuição de freqüência, por intervalo de classe, da distribuição normal em relação à mesma distribuição dos dados amostrais. Verifica-se que a probabilidade da distribuição experimental ser normal é de 0,0%, ou seja, a distribuição amostral é não-normal.

A seguir, realizou-se um último teste, ou seja, o teste de homogeneidade de Cochran, que evidenciou resultado desfavorável, como pode ser visto na Tabela V.
 
 
Tabela V
 Teste de Homogeneidade de COCHRAN.

Como os testes utilizados evidenciaram que os dados amostrais não são normais e que as amostras não são homocedásticas, a aplicação da análise estatística paramétrica estava contra- indicada.

Assim, aplicou-se o teste estatístico não-paramétrico de Kruskall-Wallis. A Tabela VI evidencia o teste de Kruskal-Wallis.

Tabela VI. Teste de Kruskal-Wallis
Valor de (H) de Kruskal-Wallis calculado  -2,1843
Valor do X2 para 2 graus de liberdade  -2,18
Probabilidade de Ho para esse valor 100,00 %
Não - significante ( > 0,05)

A análise do teste estatístico não-paramétrico de Kruskal-Wallis mostra não haver diferença estatística significante entre os tratamentos utilizados neste experimento, ou seja, as três técnicas de obturação de canais radiculares comportaram-se do mesmo modo perante a infiltração marginal apical do corante (tinta nankin).

Este fato também foi confirmado quando se comparou a média dos postos amostrais, como pode ser visto na Tabela VII.
 
 
Tabela VII
Comparação entre as médias dos postos das amostras.

As figuras 15, 16, 17 e 18 ilustram os dentes diafanizados e a infiltração marginal apical do corante nos canais radiculares obturados com as três técnicas de obturação e a utilização do cimento Sealer 26®, bem como os dentes controle.
 
 
Figura 15  Técnica de condensação lateral. Dentes com a menor e a maior infiltração.
Figura 16 Técnica de obturação com ultra-som. Dentes com a maior e a menor infiltração.
Figura 17 Técnica híbrida termomecânica. Dentes com a maior e a menor infiltração.
Figura 18 Grupo controle com o controle positivo (A) e o controle negativo (B).



 
 

DISCUSSÃO

A técnica de obturação dos canais através da condensação lateral ou, também chamada de técnica convencional é, até nossos dias, a técnica de obturação mais utilizada em todo o mundo e, normalmente, usada como técnica controle no estudo da capacidade de promover o selamento apical de muitas técnicas de obturação (TORABINEJAD et al., 1978; HARRIS et al., 1982; TAGGER et al., 1984; ElDEEB, 1985; LaCOMBE et al., 1988 e OLSON et al.,1989). Esta técnica é extremamente difundida e, freqüentemente, alcança excelentes resultados.

A técnica híbrida, proposta por TAGGER et al. (1984), associa características da condensação lateral adicionando a esta a plastificação e compactação da guta-percha através do uso dos compactadores idealizados por McSPADDEN (1979). Com essa associação, ao se aplicar a força termomecânica do compactador, consegue-se a plastificação e compactação da guta-percha obturando-se o canal tridimensionalmente. Atualmente, tal técnica encontra muitos adeptos e tem-se mostrado muito eficaz em obturar canais laterais e secundários.

A técnica que utiliza a energia ultra-sônica para levar o cimento obturador ao interior dos canais e, ainda, utilizá-la com a finalidade de espaçar o canal ativamente (MORENO, 1977; AGUIRRE et al.,1997), e promovendo a plastificação da guta-percha pelo aumento de temperatura provocado pela vibração ultra-sônica tem se tornando uma proposta muito interessante para se conseguir uma obturação satisfatória dos canais radiculares. Através da utilização do ultra-som, consegue-se uma melhor distribuição do cimento obturador no interior do canal radicular e, com o espaçamento ativo promovido por este, no momento da obturação, consegue-se também uma plastificação da guta- percha pelo aumento de temperatura promovido pela vibração ultra-sônica.

O método de diafanização, utilizado neste estudo, para permitir a visualização da infiltração ocorrida, é de fácil realização, econômico e, ao contrário de outras técnicas utilizadas, permite uma visualização tridimensional dos dentes. Esta tridimensionalidade favorece a observação da área de maior infiltração de cada elemento estudado (HASSELGREN & TRONSTAD, 1975; PÉCORA et al., 1993; ROBERTSON et al., 1980 e ROBERTSON & LEEB, 1982).

O cimento obturador utilizado (Sealer 26®-Dentsply) é à base de resina epóxica e muitos autores já demonstraram sua capacidade de penetrar nos canalículos dentinários aumentando, assim, a interface obturação/parede dentinária (FIDEL et al.,1994). Esta interação, associada ao rigoroso travamento do cone principal (SILVA et al., 1991), demonstra capacidade de melhorar as qualidades de selamento apical das obturações dos canais radiculares.

Os resultados obtidos no presente trabalho evidenciam que, quando se utiliza o cimento Sealer 26®, as técnicas de obturação de canais radiculares testadas se comportam de modo estatisticamente semelhante entre si.

Alguns autores fazem a instrumentação alargando o ápice ( ANTONIO & MOURA, 1997); à 0,5 milímetro do ápice ( BARTHEL et al., 1994) e outros fazem a instrumentação obtendo um comprimento de trabalho a 1milímetro do ápice ( HOPKINS et al., 1986; ROPER, 1996). No presente estudo, instrumentando os dentes a 1 milímetro do ápice, observa-se não haver diferença entre as técnicas.

Os resultados aqui obtidos parecem comprovar que as técnicas de obturações, quando bem realizadas, têm resultados semelhantes no que diz respeito à infiltração apical.

No paradigma vigente, na moderna endodontia, é incontestável a necessidade de se obturar os canais radiculares após terem recebido o preparo químico-mecânico adequado e esta fase da terapêutica ainda gera grande preocupação entre os pesquisadores, no sentido de se encontrar o material e a técnica ideais para a obturação dos canais radiculares.

Na revista de literatura realizada, em todos os trabalhos onde se estudou a penetração marginal apical, de todas as técnicas e materiais pesquisados, encontrou-se infiltração. É, também, consenso entre os autores a necessidade de utilização de um cimento obturador associado à guta-percha para melhorar as qualidades das obturações dos canais radiculares.

No mercado, hoje, existe uma enorme variedade de opções para o trabalho do cirurgião-dentista que sendo cobrado pela qualidade do tratamento que executa, começou a exigir também que tudo aquilo que consome seja submetido a um rigoroso controle de qualidade. Diante disso, o pesquisador passou a ter papel fundamental na realização de trabalhos científicos que sirvam de subsídio para que a indústria possa produzir produtos que satisfaçam as exigências técnicas, biológicas e estéticas.

Os estudos realizados demonstram que, desde os primórdios da Endodontia, tem-se buscado, incansavelmente, as melhores alternativas para se realizar tratamentos endodônticos com sucesso. Esta busca tem resultado em melhoras técnicas, instrumentais e de materiais, porém ainda há um árduo caminho a ser percorrido e, portanto, inúmeras pesquisas a serem realizadas.



 

CONCLUSÕES

Com base na metodologia empregada e nos resultados obtidos, parece lícito concluir que :

1. Todas as três técnicas de obturação estudadas são passíveis de infiltração pelo corante utilizado ( nankin) in vitro .

2 Não há diferença estatística entre os resultados obtidos experimentalmente entre as três técnicas, ou seja, as técnicas de condensação lateral, termomecânica híbrida e ultra-sônica se comportam do mesmo modo frente à infiltração marginal apical do corante (tinta nankin).

3 O método de diafanização usado é simples, fácil e barato, permitindo uma visualização tridimensional da penetração linear.


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SUMMARY It was evaluated by means of apical infiltration with India ink, three root canal filling techniques: lateral condensation, thermomechanic obturation (MscSpadden, 1979) modified by Tagger (1984) and thermomechanic technique using ultrasound.

Forty seven extracted human upper canines were used in this research, wich were distributed randomly to form three groups of fifteen teeth each. One tooth was used as negative control and another one for positive control.

Sealer 26® root canal sealer was used all cases. White gutta-percha points (Herpo®) were used to facilitate the dye visualization.

After the root canal filling, teeth were immersed in India ink and kept at 37ºC for a 96 hour period. Then, teeth were washed under water and submitted to decalcification with 5% hydrocloric acid, washed again and submitted to dehydration with alcohol. Later, the samples were clarified with metil salicilite.

After tooth clarification, apical infiltation was quantified by means of a measuring microscope.

The results showed that all the root canal filling techniques allowed apical infiltration in a statistically similar way and the clarification method allows a tridimensional view of the root canal sealing.



 
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Update 01/sept, 1999

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